Configurações Espaciais:

Intersecções de Raça, Gênero e Discursos Emancipatórios em Paraíso, de Toni Morrison

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26512/cerrados.v32i61.45866

Palabras clave:

Espaço, raça, paraíso, gênero, espaços emancipatórios;

Resumen

O presente artigo tem como objetivo apresentar uma análise das configurações espaciais no romance Paraíso, da escritora afro-americana Toni Morrison. A autora apresenta, a partir dos espaços de Haven, Ruby e o Convento, a busca de uma comunidade negra por um paraíso livre de discriminações de raça, no qual a comunidade pudesse prosperar. Ao apresentar espaços voláteis, que configuram-se e reconfiguram-se durante a narrativa, experienciando e reproduzindo opressões, Morrison subverte e  questiona o conceito de paraíso presente no imaginário norte-americano, bem como o proposto pela comunidade negra que funda a cidade de Ruby. Morrison propõe, a partir da criação do espaço feminino do Convento, a possibilidade de um espaço emancipatório negro, que valoriza espiritualidades e identidades alternativas, e apresenta-se como um espaço onde o grupo de mulheres pode compartilhar seus traumas e curar-se coletivamente.

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Biografía del autor/a

José de Paiva dos Santos, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorado em Literatura Comparada, Purdue University, EUA. Professor Associado de Literaturas de Língua Inglesa na UFMG. Pesquisa literatura afro-americana da diáspora negra na interface literatura e religião.

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Publicado

2023-05-31

Cómo citar

de Paiva dos Santos, J., & de Oliveira Lanari, L. (2023). Configurações Espaciais: : Intersecções de Raça, Gênero e Discursos Emancipatórios em Paraíso, de Toni Morrison. Revista Cerrados, 32(61), 247–256. https://doi.org/10.26512/cerrados.v32i61.45866

Número

Sección

Dossier - Literaturas africanas y afrodiaspóricas: escrituras emancipatorias