Contrastando marcas de oralidade em traduções de “alta literatura” e de “best-sellers de ficção popular”:

Ernest Hemingway e Agatha Christie

Autores

  • Lauro Maia AMORIM Universidade Estadual Paulista (UNESP)

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v7i1.12460

Resumo

Este artigo tem como objetivo oferecer uma análise quantitativa de marcas de oralidade em diálogos ficcionais em duas categorias de obras literárias: as associadas à chamada alta literatura e aquelas consideradas como best-sellers de ficção popular. Valendo-se do software AntConc, este estudo investigou a ocorrência de 45 tipos de marcas de oralidade envolvendo a variação linguística diafásica em dois grupos de obras literárias traduzidas para o português brasileiro: quatro obras traduzidas de Ernest Hemingway e outras quatro de Agatha Christie. A pesquisa visa a observar: a) a variedade de marcas de oralidade presentes nessas traduções; b) quais marcas de oralidade não foram empregadas, e c) se houve alguma marca geralmente não recomendada pela tradição gramatical conservadora. Os resultados sugerem certas regularidades e diferenças significativas entre os dois grupos de traduções sob análise, o que possibilitou a proposição de algumas hipóteses explicativas de natureza preliminar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BAGNO, M. Dicionário crítico de sociolinguística. São Paulo: Parábola, 2017.

______. Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro. 2ª. ed. São Paulo: Parábola, 2010.

BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. Tradução de Sergio Miceli et al. 7ª. edição. São Paulo: Perspectiva, 2011.

BRITTO, P. H. A tradução literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012. p. 81-117.

BRITTO, P.H.; LANDSBERG, D. As traduções de Huckleberry Finn à luz das normas de Toury. Tradução em Revista, n.20, vol. 2, p.2-16, 2015.

CHRISTIE, A. Assassinato no expresso oriente. Tradução de Petrucia Finkler. Porto Alegre, L&PM, 2017.______. Cai o pano. Tradução de Bruno Alexander. Porto Alegre: L&PM, 2015.

______. Um punhado de centeio. Tradução de Alexandre Boide. Porto Alegre: L&PM, 2014.

______. Morte na Praia. Tradução de R. Breunig. Porto Alegre: L&PM, 2013.

DÓRIA, T. P. L; ALVES, V. R. O. Estudo da gramaticalização do termo/expressão tipo assim em “O diário de Tati”. Sociodialeto, n. 12, vol. 4, p.262-277, 2014. Disponível em: < http://www.sociodialeto.com.br/edicoes/17/31052014041317.pdf> Acesso em: 02 de março 2018.

EVEN-ZOHAR, I. Teoria dos polissistemas. Tradução de Luiz F. Marozo, Carlos Rizzon e Yanna Cunha. Translatio, n. 5, p.1-21, 2013. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/translatio/article/viewFile/42899/27134>. Acesso em: 05 de janeiro de 2018.

FARACO, C. A. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola, 2008.

HEMINGWAY, E. Contos: volume 2. Tradução de José J. Veiga. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015a.

______. Do outro lado do rio, entre as árvores. Tradução de José Geraldo Vieira. Rio de Janeiro, 2015b.

______. O sol também se levanta. Tradução de Berenice Xavier. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015c.

_______. Por quem dobram os sinos. Tradução de Luís Peazê. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.

MORAIS, G. A representação do modelo de herói clássico na personagem feminina Katniss Everdeen, de “Jogos vorazes”. 2018. 218f. Dissertação (Mestrado em Letras). Programa de Pós-Graduação em Letras ”“ Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2018.

NEIVA, A. M. S. Native Son in Brazilian Portuguese with a study on dialects and translation: a nonlogocentric approach. 1995. 822f. Tese (Doutorado em Inglês) ”“ Department of English - Northern Illinois University, Dekalb, Illinois, 1995.

ROTH, P. Indignation. Boston, New York: Houghton Mifflin Company, 2008.

______. Indignação. Tradução de Jório Dauster. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

PANCAKE, B. D. J. Contos cortantes. Tradução de José J. Veiga. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

PRADO HENRIQUE, H. M. Best-seller: a história de um gênero. Rio de Janeiro: Usina de Letras, 2010.

PRETI, D. (Org.). O discurso oral culto. 2ª. edição. São Paulo: Humanitas, 1999.

SHAW, G. B. Pygmalion. Philadelphia: Pennsylvania State University, 2004.

______. Pigmaleão. Tradução de Millor Fernandes. Porto Alegre: L&PM, 2005.

SODRÉ, M. Best-seller: a literatura de mercado. São Paulo: Ática, 1988.

TOURY, G. Descriptive translation studies and beyond. Revised edition. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2012.

TWAIN, M. The adventures of Huckleberry Finn. Feedbooks. E-book. Disponível em: <http://www.feedbooks.com/book/71/the-adventures-of-huckleberry-finn> Acesso em: 01 de março 2018.

______. As aventuras de Huckleberry Finn. Tradução de Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: L&PM, 2011.

VEIGA, J. J. Os cavalinhos de Platiplanto. 18ª. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 1989.

______. A estranha máquina extraviada: contos. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.

______. Os pecados da tribo. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

WRIGHT, R. Native son. New York: Harper & Rows, 1966.

Downloads

Publicado

31-07-2018

Como Citar

AMORIM, Lauro Maia. Contrastando marcas de oralidade em traduções de “alta literatura” e de “best-sellers de ficção popular”:: Ernest Hemingway e Agatha Christie. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 7, n. 1, p. 59–90, 2018. DOI: 10.26512/belasinfieis.v7i1.12460. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/12460. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos