Contrastando marcas de oralidade em traduções de “alta literatura” e de “best-sellers de ficção popular”:

Ernest Hemingway e Agatha Christie

Autores

  • Lauro Maia AMORIM Universidade Estadual Paulista (UNESP)

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v7i1.12460

Resumo

Este artigo tem como objetivo oferecer uma análise quantitativa de marcas de oralidade em diálogos ficcionais em duas categorias de obras literárias: as associadas à chamada alta literatura e aquelas consideradas como best-sellers de ficção popular. Valendo-se do software AntConc, este estudo investigou a ocorrência de 45 tipos de marcas de oralidade envolvendo a variação linguística diafásica em dois grupos de obras literárias traduzidas para o português brasileiro: quatro obras traduzidas de Ernest Hemingway e outras quatro de Agatha Christie. A pesquisa visa a observar: a) a variedade de marcas de oralidade presentes nessas traduções; b) quais marcas de oralidade não foram empregadas, e c) se houve alguma marca geralmente não recomendada pela tradição gramatical conservadora. Os resultados sugerem certas regularidades e diferenças significativas entre os dois grupos de traduções sob análise, o que possibilitou a proposição de algumas hipóteses explicativas de natureza preliminar.

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Publicado

31-07-2018

Como Citar

AMORIM, Lauro Maia. Contrastando marcas de oralidade em traduções de “alta literatura” e de “best-sellers de ficção popular”:: Ernest Hemingway e Agatha Christie. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 7, n. 1, p. 59–90, 2018. DOI: 10.26512/belasinfieis.v7i1.12460. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/12460. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos