Aporte Histórico Sobre os Direitos Trabalhistas no Brasil

Autores/as

  • Mauri Antonio da Silva Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v22i46.23516

Palabras clave:

Leis trabalhistas. Lutas sociais. Brasil.

Resumen

O artigo analisa a construção das leis trabalhistas no Brasil como resultado das lutas sociais que vem atravessando a história do país desde a transição do Império à República, tomando como base de
análise obras de autores que estudam o mundo do trabalho brasileiro. Uma retrospectiva histórica demonstra a ascensão dos direitos, que teve seu auge na elaboração da Constituição Federal de 1988, e sua posterior regressão materializada na reforma trabalhista de 2017, aprovada em um contexto de profunda crise econômica, social e política. O estudo mostrou que a flexibilização das leis do trabalho foi um mecanismo que contribuiu para o aumento da precarização laboral. Evidenciou-se ainda que medidas
de contratendência do capital à lei tendencial de queda da sua taxa de lucro, tais como o desemprego, a intensificação da atividade laboral e a redução dos salários, contribuíram significativamente para o aumento da precarização do trabalho.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2000.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: 1988 ”“ texto constitucional de 5 de outubro de 1988 com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais de n. 1, de 1992, a 38, de 2002, e pelas Emendas Constitucionais de Revisão de n. 1 a 6, de 1994. 19.ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2002.

BRASIL. Presidência da República. Lei n. 13.467/2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13467.htm>. Acesso em: 28/08/2019.

CARDOSO, José Álvaro. Golpe de Estado e imposição da política de guerra no Brasil. Florianópolis: Isadora Bernardo Cardoso, 2018.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS (CNI). Agenda para o Brasil sair da crise 2016-2018. Evolução após um ano. Brasília, março de 2017. Disponível em: <http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2016/4/agenda-para-o-brasil-sair-da-crise-2016-2018/#agenda-para-o-brasil-sair-dacrise-2016-2018-evolucao-apos-um-ano>. Acesso em: 25/08/2017.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI). 101 Propostas para Modernização Trabalhista. Brasília: CNI, 2012. Disponível em: <http://www.portaldaindustria.com.br/cni/imprensa/2012/12/1,8640/cni-propoe-101-medidaspara-modernizar-relacoes-trabalhistas-incluindo-fim-de-norma-criada-paraferroviarios-nos-anos-30.html>. Acesso em: 29/03/2016.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI). Agenda Legislativa da Indústria 2016. Brasília: CNI, 2016. 244 p. Disponível em: <http://www.sistemaindustria.org.br/publicacao/agenda_legislativa2016/HTML/files/assets/common/downloads/publication.pdf>. Acesso em: 21/08/2016.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI). 119 propostas para a competitividade com impacto fiscal nulo. Brasília: CNI, 2016. 157 p.

COUTINHO, Grijalbo. “Reforma” trabalhista de Temer retrocede ao século 19. Disponível em: <http://www.diap.org.br/index.php/noticias/agenciadiap/27347-reforma-trabalhista-de-temer-retrocede-ao-seculo-19>. Acesso em: 12/07/2017.

DIEESE. Salário mínimo de 2019 é fixado em R$ 998,00. São Paulo: Dieese, 2019. Disponível em: <https://www.dieese.org.br/notatecnica/2019/notaTec201SalarioMinimo.pdf>. Acesso em: 27/04/2019.

DOS SANTOS, Theotonio. Teoria da Dependência: balanço e perspectivas. Florianópolis: Insular, 2015.

FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.

FERNANDES, Florestan. Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

FIESP. Livre para crescer: proposta para um Brasil moderno. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1990.

IAMAMOTO, Marilda Vilela. Serviço social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 9.ed. São Paulo: Cortez, 2015.

IAMAMOTO, Marilda Vilela. Relações sociais e serviço social no Brasil. 41.ed. São Paulo: Cortez, 1982.

IANNI, Otávio. Estado e capitalismo. 2.ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.

IANNI, Otávio. A questão social. Revista USP, Set.-Out.-Nov./1989. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/25490/27236>. Acesso em: 27/04/2019.

KOVAL, Boris. História do proletariado brasileiro (1857-1967). São Paulo: Alfa Omega, 1982.

LARA; Ricardo; SILVA, Mauri Antônio. A ditadura civil-militar de 1964: os impactos de longa duração nos direitos trabalhistas e sociais no Brasil. Serviço Social e Sociedade, n. 122, 2015. p. 275-293.

MARINI, Rui Mauro. Dialética da dependência. Petrópolis: Vozes, 2000.

MARINGONI, Gilberto. A longa jornada dos direitos trabalhistas. Desafios do Desenvolvimento. Brasília: IPEA, 2013. Ano 10.ed. 76 ”“ 25/02/2013. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.phpoption=com_content&view=article&id=2909:catid=28&Itemid=23>. Acesso em: 20/09/2018.

MATTOS, Marcelo Badaró. Trabalhadores e sindicatos no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2009.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho. São Paulo: Saraiva, 1999.

PETRAS, James. Neoliberalismo: América Latina, Estados Unidos e Europa. Blumenau: FURB, 1999.

POCHMANN, Márcio. O trabalho no Brasil pós-neoliberal. Brasília: Líber, 2011.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

ROSSI, Valdemar; GERALB, William Jorge. Para entender os sindicatos no Brasil: uma visão classista. 1.ed. São Paulo: Expressão Popular, 2009.

SANTOS, Anselmo Luís; GIMENEZ, Denis. Desenvolvimento, competitividade e a reforma trabalhista. In: KREIN, José Dari; GIMENEZ, Denis Maracci; SANTOS, Anselmo Luís dos (Orgs.). Dimensões críticas da reforma trabalhista no Brasil. Campinas, SP: Curt Nimuendajú, 2018.

SEVERO, Valdete Nunes. A hermenêutica trabalhista e o princípio do trabalho. In: MAIOR, Jorge Luiz Souto; SEVERO, Valdete Souto. Resistência: aportes teóricos contra o retrocesso trabalhista. São Paulo: Expressão Popular, 2017.

SILVA, Mauri Antônio. Consequências da crise do capital sobre a classe trabalhadora (1990-2016). Tese (doutorado). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2017. 307 p.

SOUTO MAIOR, Jorge Luiz; ROCHA, Bruno Gilga Sperb. A história da ilegitimidade da Lei nº 13.467/17. In: MAIOR, Jorge Luiz Souto; SEVERO, Valdete Souto. Resistência: aportes teóricos contra o retrocesso trabalhista. São Paulo: Expressão Popular, 2017.

SOUZA, Fernando Ponte de. Relações de trabalho sob a “aliança do mal”. In: OURIQUES, Nildo Domingos; RAMPINELLI, Waldir José (Orgs). No fio da navalha. Crítica das reformas neoliberais de FHC. São Paulo: Xamã, 1997.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). STF invalida norma da Reforma Trabalhista que permitia trabalho de grávidas e lactantes em atividades insalubres. Brasília: STF, 29 de maio de 2019. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=412571. Acesso em: 13/07/2019.

TEIXEIRA, Marilane Oliveira [et al.]. Contribuição crítica à reforma trabalhista. Campinas, SP: Unicamp/IE/Cesit, 2017.

Publicado

2020-01-27

Cómo citar

SILVA, Mauri Antonio da. Aporte Histórico Sobre os Direitos Trabalhistas no Brasil. SER Social, Brasília, v. 22, n. 46, p. 126–152, 2020. DOI: 10.26512/ser_social.v22i46.23516. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/23516. Acesso em: 22 dic. 2024.

Número

Sección

Artigos de Temas Livres

Artículos similares

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.