Serviço Social e (neo)conservadorismo: rupturas e continuidades necessárias ao debate da profissão
DOI:
https://doi.org/10.26512/ser_social.v27i56.53510Palavras-chave:
Serviço Social, Movimento de Renovação do Serviço Social, Conservadorismo, Pós-modernidadeResumo
O presente artigo aborda o processo de Renovação do Serviço Social Brasileiro e o tensionamento que envolve a presença do tradicionalismo e do conservadorismo no interior da profissão. As reflexões aqui sistematizadas caminham no sentido de ressaltar a permanência do conservadorismo na profissão, ainda que sob novas roupagens, após o espraiamento da intenção de ruptura e o redirecionamento da profissão no âmbito da formação e do exercício profissional, tendo como base o viés crítico da teoria marxista. As determinações da atual crise estrutural do capital e suas consequências societárias recompõem as bases do novo cenário posto para a profissão: o neoconservadorismo, o pensamento pós-moderno e a recuperação de correntes teóricas conservadoras no interior do Serviço Social. É fundamental ampliarmos o debate dos fundamentos do Serviço Social, incorporando os desafios presentes na formação e no exercício profissional para, assim, fortalecer e manter hegemônico o atual projeto ético-político da profissão.
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