As contradições do direito à saúde no capitalismo:
apontamentos da realidade brasileira
DOI:
https://doi.org/10.26512/sersocial.v22i47.25428Palavras-chave:
saúde. direitos sociais. Sistema Único de Saúde. determinações sociais.Resumo
Este artigo objetiva analisar as determinações sociais da saúde inerentes ao modelo societário capitalista, bem como os rebatimentos da contrarreforma do Estado na política de saúde na realidade brasileira. Desse modo, realizamos uma revisão literária a partir da perspectiva crítico-dialética, a qual nos permitiu apreender a saúde inserida como espaço de contradição, conflitos e interesses disputado pelo setor privado, atrelado à lógica lucrativa do capital, o que acaba corroborando para sua focalização, fragmentação e não efetivação da universalidade. Na contemporaneidade, a saúde vem sendo pactuada na concepção mercadológica, passando a constituir um mecanismo de contradição e, principalmente, de negação de direitos, contrariando o fato de estar ancorada ao princípio universal, participativo e descentralizado. Ao fim da leitura, pode-se apreender que a atuação do Estado capitalista pautado no neoliberalismo vem impulsionando desmonte dos direitos arduamente conquistados pela classe trabalhadora, com reflexos nefastos na política de saúde.
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