O fim do ciclo PT:

do colaboracionismo de classe à ortodoxia neoliberal

Autores

  • Morena Gomes Marques

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v18i38.14267

Palavras-chave:

Impeachment, Burguesia, Ortodoxia neoliberal

Resumo

O presente artigo tem por objetivo realizar uma análise crítica do impeachment da presidenta Dilma Rousseff a partir dos interesses dos principais representantes da ‘burguesia interna’ brasileira, possuindo por fonte de análise as edições do jornal Valor Econômico. Parte-se da hipótese de que o real motivo para a destituição da presidenta é a necessidade dos superlucros deste grande bloco de composição de classe, o qual reivindica um novo trato ídeo-político ao aparelho estatal: de um modelo econômico neodesenvolvimentista à opção pela ortodoxia neoliberal. Entretanto, medidas recessivas e contrarreformistas não se constituem enquanto uma novidade pós-impeachment, dado que já se apresentavam em passos largos no último ciclo do governo PT, e cujo avanço conservador se registrava de forma mais acabada em projetos de lei e propostas de emendas constitucionais em trâmite na Câmara dos Deputados e no Senado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AEB. Radiografia do comércio exterior brasileiro: passado, presente e futuro. Rio de Janeiro: AEB, 2012.

ALVARENGA, D. Governo quer leiloar 8 rodovias, 4 ferrovias e 4 aeroportos em 2016. São Paulo, 21/01/2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/01/governo-quer-leiloar-8-rodovias-4-ferrovias-e-4-aeroportosem-2016.html>.

ANDES. PEC 241/16 congela gastos públicos por 20 anos para pagar dívida pública. Brasília, 20 jun., 2016. Disponível em: <http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=8190>.

BARROS, L. C. M. O dia seguinte ao impeachment. Valor Econômico, 16 de abril, 2016. p. A19.

BOITO JR., Armando. As bases políticas do neodesenvolvimentismo. Fórum Econômico da FGV. São Paulo: FGV, 2012.

CASTELO, R. Serviço Social e Sociedade, n. 112. São Paulo: Cortez, 2012.

CHIARETTI, Daniela. Democracia é sólida, mas pode piorar. Valor Econômico, 16/04/2016. p. A15.

CNC. Intenção de consumo das famílias. Jul./2016. Disponível em: <http://cnc.org.br/sites/default/files/arquivos/graficos_icf_julho_2016.pdf >.

FERNANDES, F. A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1976.

______. Nós e o marxismo. São Paulo: Expressão Popular, 2009.

GONÇALVES, R. Novo desenvolvimentismo e liberalismo enraizado. Serviço Social e Sociedade, n. 112. São Paulo: Cortez, 2012.

______. Governo Lula e o nacional-desenvolvimentismo à s avessas. Sociedade Brasileira de Economia Política, n. 30. São Paulo, 2012.

HOELEVER, R. C. A agenda das contrarreformas no Congresso: 63 ataques aos direitos sociais. Blog Jun./2016. Disponível em: <http://blogjunho.com.br/a-agenda-das-contrarreformas-no-congresso-63-ataques-aos-direitos-sociais-econtando/>.

KLEIN, C. Era petista é marcada por inclusão social e desajuste fiscal. Valor Econômico, 16/04/2016. p. A13.

MARINI, Ruy Mauro. Dialética da dependência. In: STEDILE, J. P.; TRASPADINI, R. (orgs.). Ruy Mauro Marini: Vida e Obra. São Paulo: Expressão Popular, 2011.

MARQUES, Morena Gomes. Em busca da revolução brasileira: uma análise crítica da estratégia democrático-popular. Santa Catarina: Prismas, 2015.

POCHMANN, Marcio. Nova classe média? O trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: Boitempo, 2013.

SILVA, Benedita. Violência: a sobrevivência dos Yanomami. 1988. Disponível em: <https://documentacao.socioambiental.org/noticias/anexo_noticia//25711_20130903_162550.pdf>.

Downloads

Publicado

11/07/2016

Como Citar

MARQUES, Morena Gomes. O fim do ciclo PT:: do colaboracionismo de classe à ortodoxia neoliberal. SER Social, [S. l.], v. 18, n. 38, p. 48–67, 2016. DOI: 10.26512/ser_social.v18i38.14267. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/14267. Acesso em: 5 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos - Temáticos