VIOLÊNCIA, CRIMINALIDADE E RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO:
DO BRASIL COLÔNIA AO BRASIL CONTEMPORÂNEO
DOI:
https://doi.org/10.26512/ser_social.v14i31.13007Palavras-chave:
Violência, Criminalidade, relações de dominação, desigualdades sociaisResumo
Neste artigo teórico abordamos a problemática da violência e da criminalidade nos diferentes períodos históricos do Brasil trazendo para a discussão a endêmica questão das desigualdades sociais. Podemos dizer que a violência continua presente em nosso país considerando qualquer época histórica. Embora tenha determinadas continuidades, a violência contemporânea tem peculiaridades e estas são de cunho mais estrutural do que cultural. Logo, a violência estrutural é a base na qual se assentam muitas outras violências. Nossas reflexões nos levam a crer que as violências são uma herança, deixada por nossa antiga forma de organização social. Além disso, destacamos que as violências estão a serviço da manutenção e perpetuação das desigualdades, o que dificulta a criação de possibilidades de seu enfrentamento. Assim, a distribuição desigual dos recursos, bens e serviços e a aceitação das desigualdades como um fato natural propõe que as antigas formas de violência se tornem praticamente imperceptíveis.
Downloads
Referências
ADORNO, S. Exclusão socioeconômica e violência urbana. Sociologias, ano 4, n. 8, p. 84-135, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf>. Acessado em: 20/10/2010.
ALVES, J. E. D.; CAVENAGHI, S. A contribuição das políticas públicas na recente redução da pobreza e das desigualdades no Brasil. ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIÊNCIA POLÃTICA (ABCP), 27. Recife/PE, 04 a 07/08/2010. Disponível em: <http://cienciapolitica.servicos.ws/abcp2010/arquivos/9_6_2010_17_23_42.pdf>. Acessado em: 05/03/2012.
BENEVIDES, M. V. Violência, povo e polícia: violência urbana no noticiário de imprensa. São Paulo: Brasiliense, 1983.
BOBBIO, N. et al. Dicionário de política. 10. ed., v. 2. Brasília: UnB, 1997.
CALDEIRA, T. P. R. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Edusp, 2000.
CASTORIADIS, C. A instituição imaginária da sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
COELHO, R. C. Estado, governo e mercado. Florianópolis/Brasília: UFSC/Capes/UAB, 2009.
ENDO, P. C. A violência no coração da cidade: um estudo psicanalítico sobre as violências na cidade de São Paulo. São Paulo: Escuta/Fapesp, 2005.
FAUSTO, B. História do Brasil: História do Brasil cobre um período de mais de 500 anos, desde as raízes da colonização portuguesa até nossos dias. São Paulo: Edusp, 1996.
FBI. CIUS 1996. SECTION II. Crime index offenses reported. 1996. Disponível em: <http://www.fbi.gov/about-us/cjis/ucr/crime-in-theu.s/1996/96sec2.pdf>. Acessado em: 11/10/2011.
FREITAS, W. C. P. Espaço urbano e criminalidade: lições da Escola de Chicago. São Paulo: Método, 2004.
GARLAND, D. A cultura do controle: crime e ordem social na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Revan, 2008.
GUIA, M. J. Imigrantes e criminalidade violenta em Portugal: que relação? Revista Electrónica dos Programas de Mestrado e Doutoramento do CES/FEUC/ FLUC, n. 4, 2010. Disponível em:<http://cabodostrabalhos.ces.uc.pt/pdf/15_Maria_Joao_Guia.pdf>. Acessado em: 11/11/2011.
HUGGINS, M. K. Violência urbana e privatização do policiamento no Brasil: uma mistura invisível. Caderno CRH, p. 541-558, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ccrh/v23n60/v23n60a07.pdf>. Acessado em: 08/02/2013.
LEITE JÚNIOR, A. D. Desenvolvimento e mudanças no estado brasileiro. Florianópolis/Brasília: UFSC/Capes/UAB, 2009.
MINAYO, M. C. S. Violência e saúde: temas em saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006.
MIRANDA, A. Desmundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
NETO, O. C.; MOREIRA, M. R. A Concretização de políticas públicas em direção a prevenção da violência estrutural. Ciência & Saúde Coletiva, p. 33-52, 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf>. Acessado em: 08/06/2011.
NEVUSP ”“ Núcleo de Estudos da Violência/Universidade de São Paulo. 4º Relatório Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil. São Paulo: NEV-USP, 2010.
OLIVEN, Ruben G. Violência e cultura no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 1989.
ONU. Relatório de Desenvolvimento Humano 2010 ”“ Edição do 20º Aniversário. A verdadeira riqueza das nações: caminhos para o desenvolvimento humano, 2010. Disponível em:<http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2010_PT_Complete_reprint.pdf>. Acessado em: 16/03/2012.
PERLMAN, J. E. O mito da marginalidade: favelas e política no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
PERLMAN, J. E. Entrevista. Revista Cantareira, ano 2, v. 1, n. 5, p. 1-7, abr.-ago./2004. Disponível em: <http://www.historia.uff.br/cantareira/novacantareira/artigos/edicao5/janice.pdf>. Acessado em: 15/11/2011.
PINO, A. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. Educação e Sociedade, p. 763-785, 2007. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acessado em: 08/02/2013.
PRADO JÚNIOR, C. Formação do Brasil contemporâneo. 23 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Disponível em: <http://www.iphi.org.br/sites/filosofia_brasil/Darcy_Ribeiro_-_O_povo_Brasileiro-_a_forma%C3%A7%C3%A3o_e_o_sentido_do_Brasil.pdf>.
ROCHA, M. G. DE LA, JELIN, E., PERLMAN, J., ROBERTS, B. R., SAFA, H.; WARD, P. W. From the Marginality of the 1960s to the “New Poverty” of Today: A LARR Research Forum. Latin American Research Review, v. 39, n. 1, p. 183-203, 2004.
SÁ, V. B. de. A formação do Brasil contemporâneo por Caio Prado Júnior: contexto, epistemologia e hermenêutica de um clássico da historiografia brasileira. Symposium, v. 2, n. 2, p. 19-34, jul.-dez./1998.
SOARES, L. E. Crime e preconceito. Le Monde Diplomatique Brasil, agosto 2010. Disponível em: <http://www.diplomatique.org.br>. Acessado em: 07/02/2012.
THOMPSON, J. B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. 7. ed. Trad. Grupo de Estudos sobre Ideologia, Comunicação e Representações Sociais ”“ PPGP/PUCRS. Petrópolis: Vozes, 2007.
ZALUAR, A. O condomínio do diabo. Rio de Janeiro: Revan/UFRJ, 1994.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma https://creativecommons.
Copyright: Os autores serão responsáveis por obter o copyright do material incluído no artigo, quando necessário.
Excepcionalmente serão aceitos trabalhos já publicados (seja em versão impressa, seja virtual), desde que devidamente acompanhados da autorização escrita e assinada pelo autor e pelo Editor Chefe do veículo no qual o trabalho tenha sido originalmente publicado.