O acervo arquivístico do ponto de memória da Cidade Estrutural (DF, Brasil): o documento enquanto símbolo resistência e instrumento dos direitos humanos
DOI:
https://doi.org/10.26512/rici.v15.n3.2022.45687Palavras-chave:
Arquivos, Ponto de memória, Cidade Estrutural (Distrito Federal), Direitos humanosResumo
Esta pesquisa analisa o acervo arquivístico pertencente ao Ponto de Memória da Estrutural, fundado em 2011 e localizado na Cidade Estrutural, Distrito Federal (Brasil). Este espaço de memória é o resultado do Programa criado pelo Instituto Brasileiro de Museus em parceria com o Ministério da Justiça e com a Organização dos Estados Ibero-americanos. Em 2009, foram selecionadas 12 cidades brasileiras, em comunidades periféricas que já apresentavam alguma iniciativa comunitária de memória. Em 2019, a Casa dos Movimentos, local que abrigava o Ponto de Memória da Estrutural, foi desativado e as atividades tiveram continuidade no espaço da Biblioteca Comunitária, localizada na mesma cidade. Toda a documentação gerada e acumulados desde a sua fundação auxiliaram no processo de identidade territorial e comunitária, demonstrando orgulho e pertencimento as trajetórias compartilhadas pelos membros da comunidade. A disseminação do acervo e das práticas de tratamento, seleção, conservação e acesso são indícios que demonstram a relação da comunidade com sua história, memória e com o seu território; podendo ainda ser utilizados para a compreensão formativa de Brasília. Como metodologia foi utilizada a pesquisa bibliográfica e documental, qualitativa-descritiva. Foi realizada a leitura de bibliografia que versa sobre acervos arquivísticos de populares, sobre arquivos comunitários, ecomuseus e bibliotecas populares. Além de bibliografia sobre acervos, direitos humanos e arquivos enquanto resistência. Foram acessados relatórios de atividades em que são demonstradas as ações tanto por parte do governo, quanto aquelas realizadas para estimular a comunidade e demonstrar a importância dos seus documentos e de seu processo histórico para a identidade e pertencimento da população. No entanto, ameaças sofridas na localidade foram os fatores que nortearam a descontinuidade do Projeto, como invasões e roubos recorrentes, esses fatores fizeram com que a formação do acervo, o tratamento, o acesso e a difusão fossem interrompidos.
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