Comunicação científica para o público leigo no Brasil

Autores/as

  • Rita de Cássia do Vale Caribé Universidade de Brasília - UnB

Palabras clave:

Comunicação científica;, Divulgação científica;, Estratégias de divulgação científica;, Política de divulgação científica

Resumen

Estudo com o objetivo de identificar diretrizes a serem consideradas na escolha de estratégias que podem ser utilizadas na comunicação da informação científica para o público leigo no Brasil. Foram estudados: a consolidação da terminologia utilizada para designar o fenômeno da comunicação científica para o público leigo; a trajetória das políticas e estratégias utilizadas pelo Governo Federal brasileiro, a partir da década de 1980, para a comunicação da informação científica ao público leigo; as estratégias de comunicação científicas mais adequadas de serem utilizadas no Brasil; os problemas ou limitações que impedem ou dificultam o seu fluxo para o público leigo e as oportunidades que podem beneficiá-la. O modelo proposto por Berger e Luckmann (2007) foi utilizado como referencial teórico, de acordo com o qual somente temas próximos à zona de vida cotidiana despertarão sua atenção, pois pertencem ao seu mundo por excelência. Já os temas que ocupam a área denominada zona distante, o indivíduo somente irá interessar-se em suas horas de lazer. O estudo fez uso de metodologia qualitativa. Foram coletadas a opinião e percepção de especialistas na área, por meio de entrevistas estruturadas com perguntas espontâneas e direcionadas; bem como os conteúdos da literatura especializada. Para ambos, foi utilizada a análise de conteúdo. Quanto à análise da terminologia identificamos que alguns termos utilizados referem-se a diferentes etapas do processo, produto e resultado da comunicação científica para leigos. Quanto à trajetória das ações do Governo Federal ficou caracterizado que até 2003 as atividades foram esporádicas, desenvolvidas de forma isolada por algumas instituições de pesquisa. Após essa data a área foi institucionalizada, no nível do Governo Federal, e programas vêm sendo desenvolvidos. Os problemas ou limitações da comunicação da ciência foram consolidados no indivíduo, comunidade científica e Estado, ganhando destaque a questão educacional e a necessidade de definição de uma política pública para a comunicação científica para leigos. Como oportunidade foi destacada a consolidação das redes de televisão no país, sugerida a articulação com a área privada e empresas de rádio e televisão, com o objetivo de potencializar o uso, inserindo nas programações e produtos, itens que abordem temas ligados à ciência e tecnologia no contexto mais comum do cotidiano da sociedade brasileira, utilizando, assim, os meios de comunicação de preferência do público em geral.

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Biografía del autor/a

Rita de Cássia do Vale Caribé, Universidade de Brasília - UnB

Estudo com o objetivo de identificar diretrizes a serem consideradas na escolha de estratégias que podem ser utilizadas na comunicação da informação científica para o público leigo no Brasil. Foram estudados: a consolidação da terminologia utilizada para designar o fenômeno da comunicação científica para o público leigo; a trajetória das políticas e estratégias utilizadas pelo Governo Federal brasileiro, a partir da década de 1980, para a comunicação da informação científica ao público leigo; as estratégias de comunicação científicas mais adequadas de serem utilizadas no Brasil; os problemas ou limitações que impedem ou dificultam o seu fluxo para o público leigo e as oportunidades que podem beneficiá-la. O modelo proposto por Berger e Luckmann (2007) foi utilizado como referencial teórico, de acordo com o qual somente temas próximos à zona de vida cotidiana despertarão sua atenção, pois pertencem ao seu mundo por excelência. Já os temas que ocupam a área denominada zona distante, o indivíduo somente irá interessar-se em suas horas de lazer. O estudo fez uso de metodologia qualitativa. Foram coletadas a opinião e percepção de especialistas na área, por meio de entrevistas estruturadas com perguntas espontâneas e direcionadas; bem como os conteúdos da literatura especializada. Para ambos, foi utilizada a análise de conteúdo. Quanto à análise da terminologia identificamos que alguns termos utilizados referem-se a diferentes etapas do processo, produto e resultado da comunicação científica para leigos. Quanto à trajetória das ações do Governo Federal ficou caracterizado que até 2003 as atividades foram esporádicas, desenvolvidas de forma isolada por algumas instituições de pesquisa. Após essa data a área foi institucionalizada, no nível do Governo Federal, e programas vêm sendo desenvolvidos. Os problemas ou limitações da comunicação da ciência foram consolidados no indivíduo, comunidade científica e Estado, ganhando destaque a questão educacional e a necessidade de definição de uma política pública para a comunicação científica para leigos. Como oportunidade foi destacada a consolidação das redes de televisão no país, sugerida a articulação com a área privada e empresas de rádio e televisão, com o objetivo de potencializar o uso, inserindo nas programações e produtos, itens que abordem temas ligados à ciência e tecnologia no contexto mais comum do cotidiano da sociedade brasileira, utilizando, assim, os meios de comunicação de preferência do público em geral.

Publicado

2015-09-03

Cómo citar

Caribé, R. de C. do V. (2015). Comunicação científica para o público leigo no Brasil. Revista Ibero-Americana De Ciência Da Informação, 8(2), 272–273. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/RICI/article/view/2096

Número

Sección

Resumo de teses e dissertações

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