Patrimônio científico e memorial de Augusto Ruschi: reflexões, encontros e atualidade do pensamento ecológico no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26512/rici.v15.n3.2022.44730Palavras-chave:
Identidade nacional., Memória., Ciência da Informação., Educação ambiental., Meio ambiente., Responsabilidade social.Resumo
O estudo averigua o empenho teórico do naturalista brasileiro Augusto Ruschi (1915-1986) diante a valorização planetária da ecologia para sustentabilidade das nações. Objetiva-se evidenciar os princípios e postulados de Ruschi que sustentam a complexidade dos encontros e parâmetros sobre patrimônio científico e memorial. Dessa forma, é importante demonstrar que o pensamento de Ruschi abre novos espaços de difusão da crítica e de dilemas próprios da linguagem científica. A metodologia envolve uma pesquisa bibliográfica e a análise de conteúdo. Consulta-se trechos da obra e depoimentos do naturalista para enfocar a questão do desenvolvimento, da inclusão social e da educação ambiental. Os resultados indicam um legado social, refletindo a visão progressista no entorno do bens naturais e culturais de valor juridicamente protegido, desde o solo, as águas, a flora, a fauna, as belezas naturais e artificiais, o patrimônio histórico, artístico, turístico, paisagístico, arquivístico, arquitetônico, monumental, espeleológico, arqueológico, fossilífero, geológico, urbanístico e etc. Diversas contribuições servem para se pensar o paradigma social da ciência da informação, fortalecendo e apoiando a abordagem informacional. Conclui-se que Augusto Ruschi foi visionário, edificando um legado, sobretudo, intelectual que avançou internacionalmente. As memórias de Ruschi são fonte inspiradora de políticas públicas, pesquisas e extensões universitárias que desdobram múltiplas potencialidades de exaltar o meio ambiente.
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