Sobre a prática científica dos economistas brasileiros: entre a virtude epistêmica e a administração da irrelevância

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0102-6992-e45502

Palabras clave:

Regime de Administração da Irrelevância, Periferização, Conhecimento Local, Economia, Dinâmicas Atencionais

Resumen

Os economistas justificam a internacionalização da ciência econômica recorrendo à metalinguagem, de tal modo que a competição é apresentada como o mecanismo “exemplar” de estímulo à qualidade (credibilidade epistêmica) e produtividade da ciência (novos conhecimentos). Entretanto, a competição dos mercados perfeitos da teoria econômica raramente é encontrada no mundo real, muito menos na ciência, onde uma combinação de fatores materiais e simbólicos reforça o caráter desigual e hierárquico da produção científica. Partindo desse entendimento, o presente trabalho lança mão do conceito de “regime de administração da irrelevância” para compreender a ordem indutora de processos científicos nos quais o conhecimento produzido é diminuído a uma condição de inferioridade ante outros contextos. Mais especificamente, o objetivo será evidenciar, a partir de procedimentos conscientes ou não, a prática científica cotidiana dos economistas, elementos que contribuem para a existência de uma dinâmica atencional autodepreciada.

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Biografía del autor/a

Fabrício Monteiro Neves, Universidade de Brasília (UnB)

Professor do departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil.

Hélio Aguilar-Filho, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Professor do departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil.

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Publicado

2023-12-15

Cómo citar

Neves, F. M., & Aguilar-Filho, H. (2023). Sobre a prática científica dos economistas brasileiros: entre a virtude epistêmica e a administração da irrelevância. Sociedade E Estado, 38(03), e45502. https://doi.org/10.1590/s0102-6992-e45502

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