Decolonialidade e interseccionalidade emancipadora:

a organização política das trabalhadoras domésticas no Brasil

Autores

  • Joaze Bernardino Costa Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Trabalho doméstico, Colonialidade, Interseccionalidade, Classe, Raça, Gênero

Resumo

No momento em que se discute a ampliação de direitos das trabalhadoras domésticas no Brasil, este artigo traz para o centro das discussões o protagonismo das organizações políticas das trabalhadoras domésticas. Baseado em entrevistas realizadas com trabalhadoras domésticas, o artigo busca compreender as razões das desigualdades sociais que incidem sobre esta categoria profissional. Para tanto, argumenta-se que a colonialidade do poder e a interseccionalidade de gênero, classe e raça são fatores estruturais e dinâmicos capazes de explicar tal fenômeno. Por outro lado, argumenta-se também que as trabalhadoras domésticas, ao longo da história, têm articulado um movimento social em diálogo com os movimentos negros, sindicais e feministas e outros atores sociais que permite apresentarem um projeto decolonial. A este diálogo e articulação com movimentos classista-sindicais, movimentos negros e movimentos feminista dá-se o nome de interseccionalidade emancipadora. O artigo conclui constatando que a cada avanço legal desta categoria profissional o movimento político organizado das trabalhadoras doméstica tem estado presente.

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Biografia do Autor

Joaze Bernardino Costa, Universidade de Brasília

Doutor, Universidade de Brasília, 2007- Professor Adjunto, Linhas de pesquisa: Feminismo, Relações de Gênero e de Raça; Política, Valores, Religião e Sociedade

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Como Citar

Costa, J. B. (2015). Decolonialidade e interseccionalidade emancipadora:: a organização política das trabalhadoras domésticas no Brasil. Sociedade E Estado, 30(1), 147–163. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/5955

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