Novos Projetos de Cidadania Biológica:

a (re)construção racial dos selves neuroquímicos

Autores

  • Tatiana Rotondaro Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

Biotecnologias, Tecnologia, Corpo, Subjetividade, Teoria Sociológica, Teoria Social

Resumo

Este texto tem por objetivo problematizar criticamente as consequências tra­zidas por uma tentativa discursiva de suplantar a subjetividade humana através da afir­mação de uma “individualidade somática”, interpretada por perfis genéticos. Essa con­cepção de indivíduo, juntamente com a influência exercida pela indústria farmacêutica, nos colocaria, segundo Nikolas Rose, diante da emergência de um suposto self neuro­químico, que se expressa numa crescente medicalização da sociedade e acaba por refor­çar projetos de ‘cidadania biológica’. Tomando como exemplo a discussão em torno da possibilidade de medicalização da raça, encaminho essas reflexões descrevendo o caso do remédio BiDil. Finalmente, abordo brevemente como essa “cidadania biológica” de mercado, num contexto neoliberal, impacta sobre os indivíduos e as coletividades, ou seja, como se rearticulam a tensão de, por um lado, sermos constantemente chamados a nos responsabilizar pelo cuidado de nós mesmos, e por outro, sermos, ao mesmo tempo, compreendidos como arranjos aleatórios de configurações físico-químicas.

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Biografia do Autor

Tatiana Rotondaro, Universidade Federal Fluminense

 Professora adjun­ta e coordenadora (pró-tempore) do Programa de Pós­-Graduação em Sociologia, da Uni­versidade Federal Fluminense.

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Publicado

01-03-2016

Como Citar

Rotondaro, T. (2016). Novos Projetos de Cidadania Biológica:: a (re)construção racial dos selves neuroquímicos. Sociedade E Estado, 28(1), 163–178. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/5711

Edição

Seção

Comunicação breve