Hábito, habitus e reflexividade

um diálogo experimental entre praxiologia e pragmatismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20254001e53757

Palavras-chave:

Pierre Bourdieu; John Dewey; Pragmatismo; Habitus/Hábito; Reflexividade

Resumo

O artigo explora vias pelas quais a teoria da prática e teorias (neo)pragmatistas da ação podem ser sintetizadas em um modelo integrado dos motores subjetivos da conduta social. Por um lado, pragmatistas como John Dewey mostram que desajustes entre disposições habituais e circunstâncias sociais, os quais demandam um papel maior do logos reflexivo em relação à praxis habitual, não ocorrem somente nos cenários de crise radical que Pierre Bourdieu chamou de "histerese", mas integram a relação cotidiana dos agentes com seus contextos de experiência. Por outro lado, a praxiologia bourdieusiana captura o componente criativo das próprias disposições habituais e também pode combinar uma noção não mecanicista de "hábito", como a proposta por Dewey, a um conceito de habitus como sistema de hábitos interiorizados na subjetividade. Sob inspiração conjunta de Dewey e Bourdieu, o artigo discute, por fim, o papel de uma reflexividade informada pela ciência na transformação de disposições habituais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriel Peters, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Professor de Sociologia na Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.

Downloads

Publicado

17-06-2025

Como Citar

Peters, G. (2025). Hábito, habitus e reflexividade: um diálogo experimental entre praxiologia e pragmatismo. Sociedade E Estado, 40(01). https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20254001e53757