As imagens não mentem. Utopias, distopias e incertezas “est-éticas”
DOI:
https://doi.org/10.26512/vis.v18i2.29231Palavras-chave:
distopia, literatura russa, literatura sueca, Poder, utopiaResumo
Em 1920, o escritor russo Evgueni Zamyatin publica um dos romances mais importantes do gênero utópico, Nós, uma sátira futurista distópica em que Zamyatin leva à s extremas consequências os aspectos totalitários do sovietismo. Duas décadas depois, a escritora sueca Karin Boye publica Kallocain, uma distopia em que, como em Nós, o futuro distópico é apresentado como um universo em que a vida dos cidadãos é controlada violentemente. Nesse artigo observaremos como a reflexão sobre a distopia proposta nos romances de Zamyatin e Boye é ainda atual em relação ao Poder, ao Estado, à violência e à presença feminina.
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Referências
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