Sobre a espessura do texto (uma leitura cadente)
DOI:
https://doi.org/10.26512/vis.v14i2.20191Palabras clave:
Arte Contemporânea. Geografia Literária. Escrita. Paisagem.Resumen
O presente artigo propõe a contemplação de elementos visuais implícitos no espaço da escrita com o objetivo de provocar um adensamento da superfície do texto para além de seu sentido linguístico. De acordo com determinadas noções da Geografia Literária de Michel Collot é possível ampliar a experiência sensível da paisagem para o campo da escrita. Para tanto, o artigo apresenta um percurso conduzido pelo horizonte das linhas escritas, partindo do branco que submerge da página, passando pelo vértice do livro que nos atrai como em um vórtice, até alcançar a ultima linha do texto.
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