arte, representatividade e historiografia
algumas questões
Resumo
O presente artigo insere-se nos estudos sobre a história da historiografia da arte, tendência historiográfica ainda tímida no contexto acadêmico brasileiro. Nessa perspectiva, tenta refletir sobre a seguinte questão: a representatividade de indígenas, negros, mulheres e lgbts nos sistemas das artes atende a uma reconhecida circunstância cultural premente na contemporaneidade globalizada – e, portanto, temporal e espacialmente circunscrita – ou, além disso, aspira ao reconhecimento de identidades simbólicas deixadas às margens (quando não esquecidas) das narrativas historiográficas? De permeio, apresenta algumas tendências epistêmicas recentes em disciplinas (como a filosofia, a estética e a própria história) que tradicionalmente têm apoiado o discurso historiográfico da arte.
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