Transe e construção de identidade no Candomblé

Autores/as

  • Monique Augras Fundação Getúlio Vargas

Resumen

Partindo de uma avaliação crítica dos estudos clássicossobre a possessão, dominados por enfoque psiquiátrico, o presenteartigo propõe-se analisar as formas pelas quais a elaboração daidentidade mítica se articula com a vivência da alteridade propiciadapelo transe ritual no candomblé. O processo iniciático pode ser vistocomo progressiva construção simbólica do corpo, que integra paradoxalestipulação de limites e transgressões, onde a incorporação do orixárepresentaria a síntese dos aspectos antagônicos da personalidade.

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Publicado

2012-07-05

Cómo citar

Augras, M. (2012). Transe e construção de identidade no Candomblé. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 2(3), 191–200. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/16999

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