Escala Brasileira de Burnout (EBB): Estrutura Interna e Controle de Aquiescência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/0102.3772e38517.pt%20

Palavras-chave:

Burnout, Avaliação psicológica, Saúde ocupacional, Viés de resposta

Resumo

Escalas de autorrelato no contexto clínico são suscetíveis a vieses de resposta. A aquiescência pode superestimar uma dimensão geral em estudos fatoriais com esses instrumentos e enviesar os escores dos participantes. A maior parte dos instrumentos clínicos de autorrelato não dispõe de ferramentas para controle de vieses. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a estrutura interna com o controle da aquiescência, da Escala Brasileira de Burnout (EBB). Fizeram parte da amostra 854 trabalhadores. Após o controle da aquiescência, a melhor solução foi um modelo bifactor com dois fatores teóricos (Exaustão Emocional e Frustração Profissional, e Despersonalização/Distanciamento) e um fator geral de viés. A EBB pode ser útil em pesquisas e no rastreio dos sintomas de burnout.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aichholzer, J. (2014). Random intercept EFA of personality scales. Journal of research in personality, 53, 1-4. https://doi.org/10.1016/j.jrp.2014.07.001

Barros, S. C., Álvaro, J. L., & Borges, L. O. (2018). Significados do trabalho e do dinheiro: Quais suas funções sociais? Revista psicologia: organizações e trabalho, 18(1), 282-290. doi: 10.17652/rpot/2018.1.13395.

Bakker, A. B., & Costa, P. L. (2014). Chronic job burnout and daily functioning: a theoretical analysis. Burnout research, 1(3), 112-119. doi:10.1016/j.burn.2014.04.003.

Benevides-Pereira, A. M. T. (2015). Elaboração de validação do ISB - Inventário para Avaliação da Síndrome de Burnout. Boletim de psicologia, 65(142), 59-71. Disponível em: Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/bolpsi/v65n142/v65n142a06.pdf Acesso em 15/07/2019.

Cardoso, H. F.,& Baptista, M. N. (2018a). Escala Brasileira de Burnout Manual técnico não publicado. Universidade Estadual Paulista.

Cardoso, H. F.,& Baptista, M. N. (2018b). Escala Brasileira de Burnout (EBB): um instrumento brasileiro para a avaliação do burnoutIn.Anais do V Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência e Profissão São Paulo, SP.

Cardoso, H. F., Baptista, M. N., Sousa, D. F. A., & Júnior, E. G. (2017). Síndrome de burnout: Análise da literatura nacional entre 2006 e 2015. Revista psicologia: organizações e trabalho, 17(2), 121-128. doi: 10.17652/rpot/2017.2.12796.

Carlotto, M. S. (2002). A síndrome de Burnout e o trabalho docente. Psicologia em estudo, 7(1), 21-29. doi: 10.1590/S1413-73722002000100005.

Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2008). Análise da produção científica sobre a Síndrome de Burnout no Brasil. Psico, 39(2), 152-158.

Cloud, J., & Vaughan, G. M. (1970). Using Balanced Scales to Control Acquiescence. Sociometry, 33(2), 193. https://doi.org/10.2307/2786329

Coelho, J. P. M., Souza, G. H. S., Cerqueira, C. L. C., Esteves, G. G. L., & Barros, B. N. R. (2018). Estresse como preditor da Síndrome de Burnout em Bancários. Revista psicologia: organizações e trabalho, 18(1), 306-3015. doi: https://doi.org/10.17652/rpot/2018.1.13162

Cortez, P. A., Veiga, H. M. S., Gomide, A. P. A., & Souza, M. V. R. (2019). Suicídio no trabalho: Um estudo de revisão da literatura brasileira em psicologia. Revista psicologia: organizações e trabalho, 19(1), 523-531. doi: 10.17652/rpot/2019.1.14480.

Danner, D., & Rammstedt, B. (2016). Facets of acquiescence: Agreeing with negations is not the same as accepting inconsistency. Journal of research in personality, 65, 120-129. doi:10.1016/j.jrp.2016.10.010.

Diehl, L, & Carlotto, M. S. (2015). Síndrome de Burnout: indicadores para a construção de um diagnóstico. Psicologia clínica,27(2), 161-170.

Esteves, G. G. L., Leão, A. A. M., & Alves, E. O. (2019). Fadiga e Estresse como preditores do Burnout em Profissionais da Saúde. Revista psicologia: organizações e trabalho, 19(3), 695-702. doi: 10.17652/rpot/2019.3.16943.

Ferrando, P. J., & Lorenzo-Seva, U. (2017). Program FACTOR at 10: Origins, development and future directions.Psicothema,29(2), 236-240. doi: 10.7334/psicothema2016.304.

Ferrando, P. J., & Lorenzo-Seva, U. (2000). Unrestricted versus restricted factor analysis of multidimensional test items: Some aspects of the problem and some suggestions. Psicológica, 21(3), 301-323. https://psycnet.apa.org/record/2001-14418-006

Gomes, T. D. S., & Puente-Palacios, K. E. (2018). Estresse ocupacional, um fenômeno coletivo: evidências em equipes de trabalho. Revista psicologia: organizações e trabalho, 18 (4), 485-493. doi: 10.17652/rpot/2018.4.14680.

Gudjonsson, G. H., & Young, S. (2011). Personality and deception. Are suggestibility, compliance and acquiescence related to socially desirable responding? Personality and individual differences, 50(2), 192-195. doi: 10.1016/j.paid.2010.09.024.

Hirschle, A. L. T., Gondim, S. M. G., Alberton, G. D., & Ferreira, A. S. M. (2019). Estresse e bem-estar no trabalho: O papel moderador da regulação emocional. Revista psicologia: organizações e trabalho,19(1), 532-540. doi: 10.17652/rpot/2019.1.14774.

Juarez-Garcia, A., Idrovo, A. J., Camacho-Avila, A., & Placencia-Reyes, O. (2014). Síndrome de burnout en población mexicana: Una revisión sistemática. Salud mental, 37, 159-176. https://www.redalyc.org/pdf/582/58231307010.pdf

Kam, C. C. S., & Meyer, J. P. (2015). How Careless Responding and Acquiescence Response Bias Can Influence Construct Dimensionality. Organizational research methods, 18(3), 512-541. https://doi.org/10.1177/1094428115571894

Lorenzo-Seva, U., Timmerman, M. E., & Kiers, H. A. L. (2011). The Hull Method for Selecting the Number of Common Factors. Multivariate behavioral research, 46(2), 340-364. https://doi.org/10.1080/00273171.2011.564527

Maslach, C., & Jackson, S. E. (1981). The measurement of experienced burnout. Journal of Ocuppational Behavior, 2, 99-113. https://doi.org/10.1002/job.4030020205

Maslach, C., & Leiter, M. P. (1997). The truth about burnout: How organization cause, personal stress and what to do about it Jossey-Bass.

Maslach, C., Schaufeli, W. B., & Leiter, M. P. (2001). Job burnout. Annual review psychology, 52, 397-422. https://doi.org/10.1146/annurev.psych.52.1.397

Maydeu-Olivares, A., & Coffman, D. L. (2006). Random intercept item factor analysis. Psychological methods, 11, 344-362. doi: 10.1037/1082- 989X.11.4.344.

McGee Ng, S. A., Bagby, R. M., Goodwin, B. E., Burchett, D., Sellbom, M., Ayearst, L. E., … Baker, S. (2016). The Effect of Response Bias on the Personality Inventory for DSM-5 (PID-5). Journal of personality assessment, 98(1), 51-61. doi:10.1080/00223891.2015.1096791

McGee Ng, S. A., Bagby, R. M., Goodwin, B. E., Burchett, D., Sellbom, M., Ayearst, L. E., … Baker, S. (2015). The Effect of Response Bias on the Personality Inventory for DSM-5 (PID-5). Journal of personality assessment, 98(1), 51-61 doi:10.1080/00223891.2015.1096791.

Ministério da Saúde (1999). Portaria nº 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999: dispõe sobre lista de doenças relacionadas ao trabalho Diário Oficial da União, Brasília.

Oliveira, L. P. de, Silva, F. H. M. da, & Sticca, M. G. (2018). Revisão sistemática da produção acadêmica em psicologia do trabalho no Brasil. Revista psicologia: organizações e trabalho, 18(2), 354-363. doi: 10.17652/rpot/2018.2.13688.

Pacheco, T. P., & Passos da Silva, R. M. (2018). Risco psicossocial para servidores de universidade pública na região norte do Brasil. Revista psicologia: organizações e trabalho, 18(1), 335-344. doi: 10.17652/rpot/2018.1.13388.

Portz, R. M., & Amazarray, M. R. (2019). Transtornos mentais comuns e fatores associados em trabalhadores bancários do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista psicologia: organizações e trabalho, 19(1), 515-522. doi: https://doi.org/10.17652/rpot/2019.1.13326

Primi, R., De Fruyt, F., Santos, D., Antonoplis, S., & John, O. P. (2019). True or False? Keying Direction and Acquiescence Influence the Validity of Socio-Emotional Skills Items in Predicting High School Achievement. International journal of testing, 1-25. doi:10.1080/15305058.2019.1673398.

Primi R., Hauck-Filho N., Valentini F., Santos D., & Falk C.F. (2019). Controlling Acquiescence Bias with Multidimensional IRT Modeling. In: Wiberg M., Culpepper S., Janssen R., González J., Molenaar D. (eds), Quantitative psychology. IMPS 2018 Springer Proceedings in Mathematics & Statistics.

Rammstedt, B., Danner, D., & Bosnjak, M. (2017). Acquiescence response styles: A multilevel model explaining individual-level and country-level differences. Personality and individual differences, 107, 190-194. doi:10.1016/j.paid.2016.11.038.

Rammstedt, B., & Farmer, R. F. (2013). The impact of acquiescence on the evaluation of personality structure. Psychological assessment, 25(4), 1137-1145. doi: 10.1037/a0033323.

Rammstedt, B., Goldberg, L. R., & Borg, I. (2010). The measurement equivalence of BigFive factor markers for persons with different levels of education. Journal of research in personality, 44(1), 53-61. doi: 10.1016/j.jrp.2009.10.005.

Revelle, W. (2014). Psych: procedures for personality and psychological research. R package version 1.4.3 CRAN Project. Retrieved from http://cran.r-project.org/web/packages/psych/psych.pdf

Revelle, W., & Rocklin, T. (1979). Very Simple Structure: An Alternative Procedure For Estimating The Optimal Number Of Interpretable Factors. Multivariate behavioral research, 14(4), 403-414. https://doi.org/10.1207/s15327906mbr1404_2

Rodrigues, C. M. L., & Faiad, C. (2019). Pesquisa sobre riscos psicossociais no trabalho: Estudo bibliométrico da produção nacional de 2008 a 2017. Revista psicologia: organizações e trabalho, 19(1), 571-579. doi: 10.17652/rpot/2019.1.15424.

Schuster, M. S., & Dias, V. V. (2018). Oldenburg Burnout Inventory - validação de uma nova forma de mensurar Burnout no Brasil. Ciência e saúde coletiva, 23(2), 553-562. doi: 10.1590/1413-81232018232.27952015.

Steil, A. V., Floriani, E. V., Zilli, M. B., & Rubio, M. A. (2019). Intenção de sair da organização: definições, métodos e citações nas publicações nacionais. Revista psicologia: organizações e trabalho, 19(2), 580-587. doi: 10.17652/rpot/2019.2.14080.

Tamayo, M. R., & Tróccoli, B. T. (2009). Construção e validação fatorial da Escala de Caracterização do Burnout (ECB). Estudos de psicologia, 14(3), 213-221. Disponível em: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/epsic/v14n3/a05v14n3 Acesso em 15/07/2019.

Timmerman, M. E., & Lorenzo-Seva, U. (2011). Dimensionality assessment of ordered polytomous items with parallel analysis. Psychological methods, 16(2), 209-220. doi: 10.1037/a0023353.

Valentini, F. (2017). Influência e controle da aquiescência na análise fatorial. Avaliação psicológica, 16, editorial

Valentini, F., Mose, L. B., Ramos, I. S., & Conceição, N. M. (2020). Delopment of the Inventory of Supporting for Socio-Emotional Skills, evidence of internal structure controlling for acquiescence.Estudos de psicologia (Campinas),37, e180161. https://dx.doi.org/10.1590/1982-0275202037e180161

Velicer, W. F. (1976). Determining the number of components from the matrix of partial correlations. Psychometrika, 41(3), 321-327. doi: 10.1007/BF02293557.

Zanatta, A. B., & Lucca, S. R. (2015). Prevalência da síndrome de burnout em profissionais da saúde de um hospital oncohematológico infantil. Revista da escola de enfermagem da USP, 49(2), 0253-0258. DOI:10.1590/S0080-623420150000200010

Publicado

2022-08-28

Como Citar

Ferrari Cardoso, H., Valentini, F., Hauck-Filho, N., & Nunes Baptista, M. (2022). Escala Brasileira de Burnout (EBB): Estrutura Interna e Controle de Aquiescência. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 38. https://doi.org/10.1590/0102.3772e38517.pt

Edição

Seção

Estudos Empíricos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)