Adaptação Transcultural e Validação do Questionário de Engajamento Paterno
Resumo
Este estudo teve como objetivo apresentar resultados da validação de conteúdo e de construto do Questionário de Engajamento Paterno (QEP). Propõe-se descrever o processo de adaptação transcultural e os resultados da avaliação das propriedades psicométricas do instrumento. A amostra foi composta por 300 participantes (150 mães e 150 pais), que formavam famílias biparentais. Nas análises psicométricas, foram seguidos procedimentos envolvendo backtranslation, análise fatorial e análise da confiabilidade do instrumento. Apresenta-se a versão brasileira do QEP, contendo o total de 36 itens, divididos em cinco dimensões. Houve exclusão de 20 itens, conforme critérios estatísticos e teóricos. Os resultados demonstraram a validade e a precisão da escala. Considerações sobre limitações do estudo e indicações de uso para pesquisas futuras foram apontadas.
Downloads
Referências
Borsa, J. C., & Bandeira, D. R. (2014). Adaptação transcultural do Questionário de Comportamentos Agressivos e Reativos entre Pares no Brasil. Psico-USF, 19(2), 287-296.
Borsa, J. C., Damásio, B. F., & Bandeira, D. R. (2012). Adaptação e validação de instrumentos psicológicos entre culturas: Algumas considerações. Paidéia, 22(53), 423-432.
Bossardi, C. N. (2015). Envolvimento e interações paternas com filhos de 4 a 6 anos: Relações com os sistemas parental e conjugal (Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina). Retirada de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/135279
Bossardi, C. N., Gomes, L. B., Crepaldi, M. A., & Vieira, M. L. (2013). Engajamento paterno no cuidado a crianças de 4 a 6 anos. Psicologia Argumento, 31(73), 237-246.
Bossardi, C. N., Gomes, L. B., Bolze, S. D. A., Crepaldi, M. A., & Vieira, M. L. (2016). Desafios de ser pai em uma sociedade em transformação. In L. V. C. Moreira, E. P. Rabinovich & P. C. S. V. Zucoloto (Eds.), Paternidade na sociedade contemporânea (pp. 81-100). Curitiba, PR: Juruá.
Day, R., & Lamb, M.E. (Eds.) (2004). Conceptualizing and measuring father involvement. Mahwah, NJ: Erlbaum.
Dubeau, D., Devault, A., & Paquette, D. (2009). L'engagement paternel, un concept aux multiples facettes. In D. Dubeau, A. Devault & G. Forget (Eds.), La paternité au XXI sièle (pp. 71-98). Québec, Canada: Les Presses de l'Université Laval.
Egisdóttir, S., Gerstein, L. H., & Çinarbas, D. C. (2008). Methodological issues in cross-cultural counseling research: Equivalence, bias, and translations. The Counseling Psychologist, 36(2), 188-219.
Fagan, J., Day, R., Lamb, M. E., & Cabrera, N. J. (2014). Should researchers conceptualize differently the dimensions of parenting for fathers and mothers? Journal of Family Theory & Review, 6(4), 390-405.
Gomes, L. B. (2015). Envolvimento parental, desenvolvimento social e temperamento de pré-escolares: Um estudo comparativo com famílias residentes em Santa Catarina e em Montreal (Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina). Retirada de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/169440
Gomes, L. B., Crepaldi, M. A., & Bigras, M. (2013). O engajamento paterno como fator de regulação da agressividade em pré-escolares. Paidéia, 23(54), 21-29.
Gomes, L. B., Bossardi, C. N., Cruz, R. M., Crepaldi, M. A., & Vieira, M. L. (2014). Propriedades psicométricas de instrumentos de avaliação do envolvimento paterno: Revisão de literatura. Avaliação Psicológica, 13(1), 19-27.
Gomes, M. A. M, & Boruchovitch, E. (2016). Escala de Motivação para a Leitura para Adolescentes e Jovens: Propriedades psicométricas. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 32(2), 1-9.
Hambleton, R. K., & Patsula, L. (1998). Adapting tests for use in multiple languages and cultures. Social Indicators Research, 45(1-3), 153-171.
Hawkins, A. J., & Palkovitz, R. (1999). Beyond ticks and clicks: The need for more diverse and broader conceptualizations and measures of father involvement. The Journal of Men’s Studies, 8, 11-32.
Lamb, M. E., Pleck, J. H., Charnov, E. L., & Levine, J. A. (1985). Paternal behavior in humans. American Zoologist, 25(3), 883-894.
Lang A. N., Schoppe-Sullivan S. J., Kotila L. E., Feng X., Dush C. M. K., & Johnson S. C. (2014). Relations between fathers’ and mothers’ infant engagement patterns in dual-earner families and toddler competence. Journal of Family Issues, 35(8), 1107”“1127.
Macuglia, G. R.; Almeida, R. M. M.; Santos, F. C.; & Giacomoni, C. H. (2016). Behavioural Assessment of the Dysexecutive Syndrome (BADS): Adaptação e evidências de validade. Psico-USF, 21(2), 219-232. doi: 10.1590/1413-82712016210201
Martins, G. D. F., Macarini, S. M., Vieira, M. L., Seidl-de-Moura, M. L., Bussab, V. S. R., & Cruz, R. M. (2010). Construção e validação da Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado (E-CPPC) na primeira infância. Psico-USF, 15(1), 23-34.
Newland, L. A., Coyl-Shepherd, D. D., & Paquette, D. (2012). Editorial: Implications of mothering and fathering for children’s development. Early Child Development and Care, doi: 10.1080/03004430.2012.711586
Palkovitz, R. (1997). Reconstructing “involvement”: Expanding conceptualizations of men’s caring in contemporary families. In A.J. Hawkins & D.C. Dollahite (Eds.), Generative fathering: Beyond deficit perspectives (pp. 200 - 216). Thousand Oaks, CA: Sage.
Paquette, D., Bolté, C.,Turcottea, G., Dubeau, D., & Bouchard, C. (2000). A new typology of fathering: Defining and associated variables. Infant and Child Development, 9(4), 213-230.
Pasquali, L. (2010). Instrumentação psicológica: Fundamentos e práticas. Porto Alegre: Artmed.
Pilatti, L. A., Pedroso B., & Gutierrez G. L. (2010). Propriedades psicométricas de instrumentos de avaliação: Um debate necessário. RBECT, 3(1), 81-91.
Planalp, E. M., Braungart" Rieker, J. M., Lickenbrock, D. M., & Zentall, S. R. (2013). Trajectories of parenting during infancy: The role of infant temperament and marital adjustment for mothers and fathers. Infancy, 18(s1), E16-E45.
Pleck, J. H. (2010). Paternal involvement: Revised conceptualization and theoretical linkages with child outcomes. In M. E. Lamb (Ed.), The role of the father in child development (pp. 58-93). Hoboken, NJ: Wiley.
Pleck, J. H., & Hofferth, S. L. (2008). Mother involvement as a influence on father involvement with early adolescents. Fathering, 6(3), 267-286.
Polli, R. G., Gabriel, M. R., Piccinini, C. A., & Lopes, R. C. S. (2016). Envolvimento paterno aos 12 meses de vida do bebê. Psico, 47(3), 198-208.
Prof, W., & Wild, L. G. (2017). Mother, father and grandparent involvement: Associations with adolescents mental health and substance use. Journal of Family Issues, 38(6), 776-797.
Reichenheim, M. E., & Moraes, C. L. (2007). Operacionalização de adaptação transcultural de instrumentos de aferição usados em epidemiologia. Revista de Saúde Pública, 41, 665-673. doi: 10.1590/S0034-8910200600500003
Sampieri, R. H., Colado, C. F., & Lucio, P. B. (2006). Metodologia de Pesquisa. São Paulo: McGraw Hill.
Schoppe-Sullivan, S. J., McBride, B. A., & Ringo Ho, M. H. (2004). Unidimensional versus multidimensional perspectives on the father involvement. Fathering: A Journal of Theory, Research and Practice, 2(2), 147-163.
Vieira, M. L., Bossardi, C. N., Gomes, L. B., Bolze, S. D. A., Crepaldi, M. A., & Piccinini, C. A. (2014). Paternidade no Brasil: Revisão sistemática de artigos empíricos. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 66(2), 36-52.
Zvara, B. J., Schoppe" Sullivan, S. J., & Dush, C. K. (2013). Fathers' involvement in child health care: Associations with prenatal involvement, parents’ beliefs, and maternal gatekeeping. Family Relations, 62(4), 649-661.