A Pesquisa em Prevenção em Saúde Mental no Brasil: A Perspectiva de Especialistas
DOI:
https://doi.org/10.1590/0102.3772e34413Palavras-chave:
Prevenção, Promoção de saúde, Saúde mental, Pesquisa em prevenção, Políticas públicasResumo
Este estudo investigou experiências e recomendações de pesquisadores em prevenção primária em saúde mental no Brasil, com vistas a subsidiar uma agenda de trabalho para o fortalecimento nacional da área. Utilizou-se a técnica Delphi e dez pesquisadores, especialistas em prevenção, foram entrevistados. Investimentos na aproximação entre pesquisa e extensão, incremento do ensino de prevenção, parceria com diversas áreas de conhecimento e estudos de validação de instrumentos para avaliação de programas foram citados como necessidades. Foram apresentados recursos pessoais, profissionais e ambientais, percebidos como apoiadores para a construção da carreira. Foram abordadas direções futuras para a área, tais como a construção de redes de pesquisa e a difusão de programas preventivos. São discutidas implicações dos dados para uma agenda de pesquisa.
Downloads
Referências
Abreu, S., & Murta, S. G. (2016). Estado da arte da pesquisa em prevenção em saúde mental no Brasil: uma revisão sistemática. Interação em Psicologia, 20(1), 101-111.
Abreu, S., Miranda, A. A. V., & Murta, S. G. (2016). Programas preventivos brasileiros: quem faz e como é feita a prevenção em saúde mental? Psico-USF, 21, 163-177.
Aguiar, S. G., & Ronzani, T. M. (2007). Psicologia social e saúde coletiva: Reconstruindo identidades. Psicologia em Pesquisa, 1, 11-22.
Albee, G. (1982). Preventing psychopathology and promoting human potential. American Psychologist, 37, 1043-1050.
Albee, G. W. (1983). Psychopathology, prevention, and the just society.Journal of Primary Prevention, 4, 5-36.
Albee, G. (1986). Toward a just society: Lessons from observations on the primary prevention of psychopathology.American Psychologist,41, 891-898.
American Psychological Association. (2005). Evidence-based practice in psychology. American Psychologist, 61, 271-285.
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bartholomew, L. K.; Parcel, G. S.; Kok, G.; Gottlieb, N. H. & Fernández, M. E. (2011). Planning health promotion programs: An intervention mapping approach. San Francisco: Jossey-Bass.
Benetti, S. P. C.; Ramires, V. R. R.; Schneider, A. C.; Rodrigues, A. P. G. & Tremarin, D. (2007). Adolescência e saúde mental: Revisão de artigos brasileiros publicados em periódicos nacionais. Cadernos de Saúde Pública, 23, 1273-1282.
Brasil, Ministério da Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. (2007). Saúde Mental em Dados. Brasília, DF: Ministério da Saúde/SAS/DAPES.
Bronfenbrenner, U. (1996). A ecologia do desenvolvimento humano: Experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artmed. (Original publicado em 1979)
Câmara de Educação Superior/ Conselho Nacional de Educação (2004). Notícias: Diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação em psicologia. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20, 205-208.
Dimenstein, M. (1998) O Psicólogo nas unidades básicas de saúde: Desafios para a formação e atuação profissionais. Estudos de Psicologia, 3, 53-51.
Eddy, J. M. (2011). One day: In search of training opportunities in Prevention Science. SPR Community, 1, 5-6. Recuperado de www.preventionresearch.org
Elliot, D. S., & Mihalic, S. (2004). Issues in disseminating and replicating effective prevention programs. Prevention Science, 5, 47-53.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. (2012). Ajustes na Plataforma Lattes estimulam a divulgação científica. Informe ENSP, 1-2. Retirado de http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/29770
Ferreira Neto, J. L. (2008). Práticas transversalizadas da clínica em saúde mental. Psicologia: Reflexão e Crítica, 21, 110-118.
Frankl, V. E. (1989). Psicoterapia e sentido da vida: Fundamentos da logoterapia e análise existencial. São Paulo: Quadrante. (Original publicado em 1946)
Lo Bianco, A. C., Almeida, S. S., Koller, S. H., & Paiva, V. (2010). A internacionalização dos programas de pós-graduação em psicologia: Perfil e metas de qualificação. Psicologia: Reflexão e Crítica, 23, 1-10.
Machado, M. F. A. S., Monteiro, E. M. L. M., Queiroz, D. T., Vieira, N. F. C., & Barroso, M. G. T. (2007) Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS - Uma revisão conceitual. Ciência & Saúde Coletiva, 12, 335-342.
Marques, F. (2012). Muito além das patentes. Pesquisa FAPESP, 197, 20-27.
Menezes, J. C. L. (2013). Desenvolvimento positivo e saúde mental de crianças: Uma revisão sistemática de estudos brasileiros (Dissertação de Mestrado). Universidade de Brasília, Brasília, DF. Brasil.
Miyazaki, M. C. O. S, Domingos, N. A. M., Valério, N. I, Santos, A. R. R., & Rosa, L. T. B. (2002). Psicologia da saúde: Extensão de serviços à comunidade, ensino e pesquisa. Psicologia USP, 13, 29-53.
Mrazek, P. B., & Haggerty, R. J. (1994). Reducing risks for mental disorders: Frontiers for preventive intervention research. Washington: National Academy Press.
Murta, S. G. (2007). Programas de prevenção e problemas emocionais e comportamentais em crianças e adolescentes: Lições de três décadas de pesquisa. Psicologia: Reflexão e Crítica, 20, 1-8.
Palludo, S. S., & Koller, S. H. (2007). Psicologia positiva: Uma nova abordagem para antigas questões. Paidéia, 17, 9-20.
Pfromm Netto, S. (2007). Psicologia, psicologias: Velhos e novos olhares. Algumas considerações sobre o passado, o presente e o futuro da psicologia como ciência, profissão e ensino. Psicologia em Pesquisa, 1, 3-7.
Regalado, A. (2010). Brazilian science: Riding a gusher. Science, 330, 1306-1312.
Ribeiro, W. S., Andreoli, S. B., Ferri, C. P., Prince, M., & Mari, J. J. (2009). Exposição à violência e problemas de saúde mental em países em desenvolvimento: Uma revisão da literatura. Revista Brasileira de Psiquiatria, 31, 49-57.
Ronzani, T. M., & Rodrigues, M. C. (2006). O psicólogo na atenção primária à saúde: Contribuições, desafios e redirecionamentos. Psicologia: Ciência e Profissão, 26, 132-43.
Rotheram-Borus, M. J., & Duan, N. (2003). Next generation of preventive interventions. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, 42, 518-526.
Santos, E. G., & Siqueira, M. M. (2010). Prevalência dos transtornos mentais na população adulta brasileira: Uma revisão sistemática de 1997 a 2009. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 59, 238-246.
Seligman, M. E. P., & Csikszentmihalyi, M. (2000). Positive psychology: An introduction. American Psychologist, 55, 5-14.
Sistema Único de Saúde, Conselho Nacional de Saúde, Comissão Organizadora da IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial (2010). Relatório Final da IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial. Brasília: Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde.
Tuleski, S. C. (2012). A necessária crítica a uma ciência mercantilizada: A quem servem o publicismo, o citacionismo e o lema “publicar ou perecer”? Psicologia em Estudo, 17, 1-4.
Weisz, J. R., Sandler, I. N., Durlak, J. A., & Anton, B. S. (2005). Promoting and protecting youth mental health through evidence-based prevention and treatment. American Psychologist, 60, 628-648.
