O DISCURSO COMO VITALIZADOR DA NECROPOLITICA À LUZ DE ACHILLE MBEMBE

Autores/as

Palabras clave:

Necropolitica; Discurso; Achille Mbembe; Michel Foucalt; Covid-19

Resumen

Muito se tem discutido acerca da importância da intervenção estatal por meio de políticas públicas e qual a sua relevância no cenário desigual figurado em países neoliberais em momentos de crise. Escancarando disparidades, a pandemia do covid-19 apresenta-se como verdadeira face da ineficiência do sistema neoliberal, em que pese a subalternização de vidas em prol do capital financeiro. É fazendo uma análise à luz do filósofo Achille Mbembe e seus estudos sobre teorias foucaultianas que perpassamos sobre a influência da memória do discurso quando promovida por autoridades e suas influências na existência da necropolitica. Como objeto busca-se entender as raízes da necropolítica como sistema de gestão e o seu grau de influência, perquirindo o perfil dos reais atingidos, além de analisar de que modo a pandemia do covid-19 evidencia discursos embasados no conceito de Mbembe. O método de abordagem escolhido para a produção da pesquisa científica foi o dedutivo e o método de procedimento, histórico, com auxilio metodológico da análise política dos discursos. O artigo tem natureza aplicada, quanto ao seu nível de profundidade é explicativo, ancorada pela técnica de pesquisa bibliográfica no que se refere à fundamentação teórica. Concluiu-se que o discurso consiste em importante aparelho de legitimação de vontades do Estado fomentando assim a necropolítica.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Taís Haywanon Santos Maia, Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Brasil.

Graduanda do Curso de Direito pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB E-mail: taishsmls@gmail.com

Gabriel Torres da Silva Torres, Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Brasil.

Graduando do Curso de Direito pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB E-mail: gtstorres08@gmail.com

Daniella Miranda Santos , Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Brasil.

Doutora em Memória, Linguagem e Sociedade pelo PPGMLS da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB E-mail: damiranda@uneb.br.

Citas

BERTOLINI, J. O conceito de biopoder em Foucault. Apontamentos bibliográficos. Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação, v. 18, n. 3, 18 dez. 2018.

BRASIL. Sistema Carcerário brasileiro: negros e pobres na prisão. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/noticias/sistema-carcerario-brasileiro-negros-e-pobres-na-prisao

BUTLER, Judith. Marcos de Guerra: las vidas lloradas. Buenos Aires: Paidós, 2015

CARVALHO, Julia. Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2020/06/05/negros-morrem-40-mais-que-brancos-por-coronavirus-no-brasil. Acesso em 17/09/2020

Dantas, S., Ferreira, L., & Veas, M. P. B. (2017). Um intérprete africano do Brasil: Kabenguele Munanga. Revista USP, (114), 31-44. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i114p31-44

DIWAN, Pietra. Raça Pura. Uma História da Eugenia no Brasil e no mundo. São Paulo: Contexto, 2007.

FANON, F. Os condenados da terra. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA ”“ FBSP. Anuário brasileiro de segurança pública. Ano 13. São Paulo, 2019.

Foucault, M. (2008a). Nascimento da biopolítica. São Paulo, SP: Martins Fontes.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 20. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1987.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2010.

FURTADO, Rafael. O conceito de biopoder no pensamento de Michel Foucault ”“ Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-07692016000300003. Acesso em 17/09/2020.

IBGE ”“ INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÃSTICA, 2017. Disponível em: 20https://www.saneamentobasico.com.br/pesquisa-ibge-mostra-relacao-saude-saneamento/. Acesso em 17/09/2020

M’BEMBE, Achille. Necropolitica. Rio de Janeiro: Cidades e Ensaios, 2016

Mbembe, A. (2014a). Crítica da razão negra. Lisboa: Antígona.

Romano et al (2020). “Uma gripezinha”: A análise política do discurso negacionista. Disponível em: https://diplomatique.org.br/uma-gripezinha-a-analise-politica-do-discurso-negacionista/ Acesso em 17/09/2020/

VANNUCHI, Camilo. Disponível em https://noticias.uol.com.br/colunas/camilo-vannuchi/2020/04/30/a-pandemia-de-covid-19-segundo-bolsonaro-da-gripezinha-ao-e-dai.htm?cmpid=. Acesso em 17/09/2020/

WEBER, Max (1999). Sociologia da Dominação. In Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Volume 2. Tradução de Regis Barbosa e Karen Barbosa. Distrito Federal: Editora Universidade de Brasília.

Revista Direito.UnB | Janeiro - Abril, 2022, V. 06, N. 1

Publicado

2022-04-29

Cómo citar

HAYWANON SANTOS MAIA, Taís; TORRES DA SILVA TORRES, Gabriel; MIRANDA SANTOS , Daniella. O DISCURSO COMO VITALIZADOR DA NECROPOLITICA À LUZ DE ACHILLE MBEMBE. Direito.UnB - Revista de Derecho de la Universidad de Brasília, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 39–53, 2022. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistadedireitounb/article/view/36334. Acesso em: 24 nov. 2024.