Ressignificações Insurgentes
o Rap de fronteira
DOI:
https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv15n3.2021.37237Palavras-chave:
Deslocamento, Fronteira, Narrativa, RapResumo
Este artigo compõe os resultados de pesquisa sobre o Movimento Hip Hop, a partir da sua estética política o Rap, na cidade de Foz do Iguaçu - Brasil, que faz fronteira com a cidade de Puerto Iguazú – Argentina e Ciudad Del Este – Paraguai. Inserido no contexto trinacional, a partir da vivência de campo em uma pesquisa social exploratória-analítica (GIL, 2008), objetiva-se no presente artigo uma concepção do Rap de fronteira, objetivando responder como ele se constitui e ganha corpo na cidade de Foz do Iguaçu - PR às suas fronteiras? Para tanto, em uma análise de vivência de campo, compreende-se que as narrações no Rap de fronteira, traduzem percepções dinamizadas das condições sociais, culturais e econômicas que se encontram à margem dos debates e discussões políticos, onde os signos linguísticos e culturais em trânsitos fronteiriços se ressignificam questionando as condições de subalternização, marginalização e opressão da vida urbana, campesina e indígena.
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