Deslocamento forçado na Colômbia e políticas de refúgio no Brasil: Gestão de populações em êxodo
DOI:
https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv13n1.2019.21877Palavras-chave:
Refúgio, Reassentamento, Colômbia, BrasilResumo
Baseado numa pesquisa de cunho etnográfico sobre processos de refúgio de nacionais colombianos no Brasil, o articulo discute práticas e formatos de produção e gestão de sujeitos refugiados no governo contemporâneo de populações em êxodo. O trabalho argumenta que a precariedade das políticas públicas não é equivalente a uma ausência do poder do Estado para produzir sujeitos expulsáveis e/ou para filtrar aqueles que serão reconhecidos, daqueles que serão encaixados em outras categorias migratórias ou deixados de fora. Numa perspectiva antropológica, a partir do que poderíamos denominar de uma etnografia do Estado o texto leva a sério o não fazer e o fazer precário como poderosas forças de ação política, expondo, de forma concreta, algumas práticas das tradições administrativas brasileiras na gestão de refugiados que foi possível identificar na pesquisa de campo
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