Pueblos Indígenas, Grandes Proyectos Hidroeléctricos e Indigenismo Empresarial en Brasil y Canadá

Autores/as

  • Cristhian Teófilo da Silva 6131076027

DOI:

https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv16n2.2022.50393

Palabras clave:

Resistencia ecoterritorial; neoextractivismo; Pueblos Indígenas; Desarrollo; Hidroeléctricas; Derechos Territoriales

Resumen

Este trabajo parte de la comparación de los casos Avá-Canoeiro y Cree frente a los grandes proyectos hidroeléctricos instalados en sus territorios para examinar los procesos superpuestos de indigeneidad y regímenes ambientales como balizas de sus derechos a la autodeterminación y autonomía. Estos casos son ilustrativos de posibles formas de resistencia de los pueblos indígenas frente a megaproyectos de generación de energía hidráulica. Se parte de estos casos concretos, entendidos como situaciones históricas configuradas por este patrón de poder desarrollista, para examinar la hipótesis de que los pueblos indígenas juegan, desde la defensa de sus derechos territoriales, un papel central, aunque contradictorio, en el proceso de reproducción ampliada de capital. Desde una perspectiva de preservación ambiental y reconocimiento de derechos, con base técnica y científica, se argumenta que los pueblos indígenas terminan siendo subordinados a los discursos, fórmulas, acuerdos y negociaciones de los empresarios capitalistas, quienes subordinan directamente sus demandas y derechos a la reproducción del capital, donde se silencia el sufrimiento social al que están sujetos. A través del estudio recíproco de los casos ubicados en Brasil y Canadá, se perfilarán aspectos similares que permitirán caracterizar los casos como “dramas sociales del desarrollo” que estructuran el conflicto de estas situaciones y requieren de formas interculturales de interpretación para su mejor equiparación. En este sentido, este trabajo también tiene como objetivo examinar las condiciones de posibilidad de activar principios de ética discursiva y diálogo interétnico en contextos interétnicos afectados por grandes obras y proyectos de desarrollo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de; DOURADO, S.B.; LOPES, D.C.S; SILVA, E.F. (orgs.) Consulta e participação: A crítica à metáfora da teia de aranha. Manaus: UEA Edições, 2013.

ALMEIDA, Graziela. Terras Indígenas e o Licenciamento Ambiental da Usina Hidrelétrica de Estreito: Análise etnográfica de um conflito socioambiental. Dissertação de Mestrado. Brasília: PPGAS/UnB, 2007.

BAINES, Stephen & TEÓFILO DA SILVA, Cristhian. Antropólogos, Usinas Hidrelétricas e Desenvolvimentalismo na América Latina. Anuário Antropológico, v. 07-08, 2009, p. 271-297.

BAINES, Stephen Grant ; TEÓFILO DA SILVA, Cristhian. Situações extremas, grandes projetos de desenvolvimento e povos indígenas: Indigenismo empresarial em perspectiva comparada. REVISTA DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE AS AMÉRICAS, v. 12, 2018, p. 37-48.

BAINES, Stephen. O território dos Waimiri-Atroari e o indigenismo empresarial. Ciências Sociais Hoje, [s. l.], n. 138, 1993, p. 219-243.

BELTRÃO, Jane & COSTA OLIVEIRA, Assis. da. Significados do direito à conquista: Povos indígenas versus UHE Belo Monte. In: PACHECO DE OLIVEIRA, J. & COHN, C. (orgs.) Belo Monte e a questão indígena. Brasília: ABA, 2014.

BOCCARA, Guillaume; BOLADOS, P. Dominar a través de la participación? El neoindigenismo en el Chile de la postdictadura. Memoria Americana, Vol. 16, nº 2, 2008.

BRONZ, Deborah. Do campo etnográfico ao campo político: Uma análise dos bastidores do licenciamento ambiental. Guarimã - Revista de Antropologia & Política, V. 1, n.1, 2020.

BRONZ, Deborah. Nos bastidores do licenciamento ambiental: Uma etnografia das práticas empresariais em grandes empreendimentos. RJ: Contracapa, 2016.

BRONZ, Deborah. Experiências e contradições na etnografia de práticas empresariais. In: CASTILHO, Sergio; SOUZA LIMA, Antonio Carlos de; TEIXEIRA, Carla Costa (orgs.) Antropologia das relações de poder: Reflexões etnográficas entre burocracias, elites e corporações. RJ: Contracapa, 2014.

BRONZ, Deborah. “O Estado não sou eu”. Estratégias empresariais no licenciamento ambiental de grandes empreendimentos industriais. Campos 14 (1-2), 2013.

BUSTILLO, Inés. Latin America and the Caribbean: Links with China and the Global Economy. Presentación de Powerpoint. Washington: Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC), 2011.

CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. Ação indigenista, eticidade e o diálogo interétnico. Estudos Avançados, Estudos Avançados 14 (40), 2000.

COMAROFF, John & COMAROFF, Jean. Ethnicity, Inc. Chicago & London: The University of Chicago Press, 2009.

COSTA, Rafael. Indigenismo empresarial em Belo Monte: Uma etnografia da política de licenciamento ambiental de um mega empreendimento na Amazônia. Amazônia: Revista de Antropologia, v. 11(1), 2019.

DEMARIA, Federico; KOTHARI, Ashish; SALLEH, Ariel; ESCOBAR, Arturo & ACOSTA, Alberto. Post-development: From the Critique of Development to a Pluriverse of Alternatives. In: Sergio Villamayor-Tomas & Roldan Muradian (eds.).The Barcelona School of Ecological Economics and Political Ecology: A Companion in Honour of Joan Martinez-Alier. Cham: Springer, 2023, pp. 59-69.

DYCK, Noel. Cultures, Communities and Claims: Anthropology and Native Studies in Canada. Canadian Ethnic Studies, XXII, 3, 1990.

DYCK, Noel. What is the Indian ‘Problem’. Tutelage and Resistance in Canadian Indian Administration. St. John: Institute of Social and Economic Research, ISER, 1996.

ESCOBAR, Arturo. Encountering Development: The Making and Unmaking of the Third World. Princeton: Princeton University Press, 1995.

FEARNSIDE, Philip & MILLIKAN, Brent. Hidrelétricas na Amazônia: Fonte de energia limpa? O setor elétrico brasileiro e a sustentabilidade no século 21. Brasília: International Rivers Network-Brasil, 2012.

GALLOIS, Dominique. De arredio a isolado: Perspectivas de autonomia para os povos indígenas recém-contactados. GRUPIONI, Luís Donisete Benzi (org.). Índios do Brasil. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 1992.

GASPAR, Natália Morais. Etnografia, trabalho de campo e diagnósticos socioeconômicos para licenciamento ambiental de grandes empreendimentos no Brasil: Tempo, poder e categorias de classificação. Sociologia, Antropologia, v. II.02, 2021.

GUDYNAS, Eduardo. Diez Tesis urgentes sobre el nuevo extrativismo. Contextos y demandas bajo el progressismo sudamericano actual. In: Extrativismo, política y sociedade. Quito: CAAP y CLAES, 2009.

GUDYNAS, Eduardo & ACOSTA, Alberto. La renovación de la crítica al desarrollo y el buen vivir como alternativa. Utopía y Praxis Latinoamericana, Vol. 16, n. 53, 2011.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. La chute du ciel: Paroles d´un chaman Yanomami. Paris: Plon, 2010.

LAMONTAGNE, Annie. Impactos discursivos: Conflitos socioambientais e o licenciamento da UHE Estreito. Curitiba: CRV, 2012.

LEITE LOPES, José Sérgio et.al. A ambientalização dos conflitos sociais. RJ: Relume Dumará, 2004.

LITTLE, Paul. Megaproyectos en la Amazonía: Un análisis geopolítico y socioambiental con propuestas de mejor gobierno para la Amazonía. Lima: RAMA/ARA/DAR, 2013.

MILANEZ, Bruno; SANTOS, Rodrigo Neodesenvolvimentismo e neoextrativismo: Duas faces da mesma moeda? Águas de Lindóia: 37o Encontro Anual da Anpocs. Seminário Temático 39, 2013.

MONTAÑO, Marcelo. Planejamento às avessas: Os descompassos da avaliação de impactos sociais no Brasil. In: PACHECO DE OLIVEIRA, J. & COHN, C. (orgs.) Belo Monte e a questão indígena. Brasília: ABA, 2014.

MOURA, Marlene Castro Ossami de ; LIMA FILHO, M. F. ; SILVA, Cristhian Teófilo da. Marchando sobre territórios indígenas: ocupação das terras Tapuia, Karajá e Avá-Canoeiro. In: MARIN, Joel Orlando Bevilaqua; NEVES, Delma Pessanha. (Org.). Campesinato e Marcha para o Oeste. Santa Maria: Editora da UFSM, 2013, v. 1, p. 465-496.

O´HARA, Sabine. Discursive Ethics in Ecosystems Valuation and Environmental Policy. Ecological Economics, Volume 16, Issue 2, 1996.

PACHECO DE OLIVEIRA, João. “O nosso governo”: Os Ticuna e o regime tutelar. SP: Marco Zero; Brasília: MCT/CNPq, 1988.

PACHECO DE OLIVEIRA, João. Os instrumentos de bordo: Expectativas e possibilidades de trabalho do antropólogo em laudos periciais. In: PACHECO DE OLIVEIRA, J. & ALMEIDA, A.W.B.de (orgs.) Indigenismo e territorialização: Poderes, rotinas e saberes coloniais no Brasil contemporâneo. RJ: Contracapa, 1998.

PETERS, Evelyn. “Native People and the Environmental Regime in the James Bay and Northern Quebec Agreement”. Arctic, Vol. 52, N. 4 (December), 1999, pp. 395-410.

POLO BLANCO, Jorge; PIÑEIRO AGUIAR, Eleder. El Buen Vivir como discurso contrahegemónico: Post desarrollo, indigenismo y naturaleza desde la visión andina. Mana 26 (1), 2020.

RIBEIRO, Gustavo. Quanto maior melhor? Projetos de grande escala: Uma forma de produção vinculada à expansão de sistemas econômicos. In: PACHECO DE OLIVEIRA, J. & COHN, C. (orgs.) Belo Monte e a questão indígena. Brasília: ABA, 2014.

ROJAS, Biviany (Des)cumprimento das condicionantes socioambientais de Belo Monte. In: PACHECO DE OLIVEIRA, João & COHN, Clarice. (orgs.) Belo Monte e a questão indígena. Brasília: ABA, 2014.

ROJAS GARZÓN, Biviany; YAMADA, Erika & OLIVEIRA, Rodrigo. Direito à consulta e consentimento de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. SP: RCA, 2016.

ROTHMAN, Franklin Daniel. (org.) Vidas alagadas: Conflitos socioambientais, licenciamento e barragens. Viçosa: UFV, 2008.

SOUZA LIMA, Antônio Carlos de. Um grande cerco de paz: Poder tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1995.

SVAMPA, Maristela. As fronteiras neoextrativistas na América Latina: Conflitos socioambientais, giro ecoterritorial e novas dependências. SP: Elefante, 2019.

SILVA, Cristhian Teofilo da. Cativando Maíra: A sobrevivência dos índios Avá-Canoeiro no Alto Rio Tocantins. 1. ed. São Paulo/Goiânia: Annablume/Editora da PUC-Goiás, 2010, 304p .

TOSTA, Lena. “Homi matou papai meu”: Uma situação histórica dos Avá-Canoeiro. Dissertação de Bacharelado em Ciências Sociais. Brasília: UnB, 1997.

VERDUM, Ricardo. Desenvolvimento, etnodesenvolvimento e integração Latino-Americana. In: SILVA, Cristhian Teófilo da; LIMA, Antonio Carlos de Souza; BAINES, Stephen. (Orgs.). Problemáticas sociais para sociedades plurais: políticas indigenistas, sociais e de desenvolvimento em perspectiva comparada. SP: Annablume; Brasília: FAP-DF, 2009.

VERDUM, Ricardo. As obras de infraestrutura do PAC e os povos indígenas da Amazônia brasileira. Brasília: INESC, 2012.

VEROCAI, Iara. O licenciamento ambiental em outros países. Seminário Licenciamento, Proteção Ambiental e Desenvolvimento, 2004. Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/DAI/_arquivos/iaraverocai2.pdf

VIANNA, Aurélio. Hidrelétricas e meio ambiente: Informações básicas sobre o ambientalismo oficial e o setor elétrico no Brasil. RJ: CEDI, 1989.

VITTE, Claudete de Castro Silva. Neoextrativismo e o uso de recursos naturais na América Latina: Notas introdutórias sobre conflitos e impactos socioambientais. Conexão Política - Revista do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFPI, V. 9, n. 1, 2020.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo & ANDRADE, Lúcia. Hidrelétricas do Xingu: O Estado contra as sociedades indígenas. In: SANTOS, Leynad Ayer & ANDRADE, Lúcia. (orgs.) As hidrelétricas do Xingu e os povos indígenas. SP: Comissão Pró-Índio de SP, 1988.

WHYTE, Kyle. Indigenous Climate Change Studies: Indigenizing Futures, Decolonizing the Anthropocene. English Language Notes, Volume 55, Number 1-2, 2017.

ZHOURI, Andrea & LASCHEFSKI, Klemens. (orgs.) Desenvolvimento e conflitos ambientais. BH: UFMG, 2010.

Publicado

2024-09-04

Cómo citar

Teófilo da Silva, C. (2024). Pueblos Indígenas, Grandes Proyectos Hidroeléctricos e Indigenismo Empresarial en Brasil y Canadá . Revista De Estudios Y Investigaciones Sobre Las Américas, 16(2), 5–27. https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv16n2.2022.50393

Número

Sección

Dosier Resistencias eco territoriales de los pueblos indígenas al neo extractivismo contemporáneo