Dos Pesos y Dos Medidas: la proyección de la colonialidad en las políticas de migración y de ciudadanía de la Unión Europea
DOI:
https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv13n1.2019.13084Palabras clave:
migraciones; ciudadanía; colonialidad; Unión EuropeaResumen
El presente artículo tiene por objeto evidenciar que las políticas de migración y de ciudadanía de la Unión Europea reproducen la colonialidad a escala supranacional porque perpetúan las jerarquías coloniales entre europeos y no europeos fundadas en la idea de raza. Se levanta la hipótesis según la cual el proceso de supranacionalización de las migraciones y de la identidad común en la UE reitera los elementos de la colonialidad debido a la concepción fuertemente racial que contemplan, que separa a los ex colonizadores de los ex colonizados por medio de líneas abisales. Se deconstruye la tesis de que la integración regional europea supera los elementos de clasificación social presentes en el Estado nacional europeo, en particular en lo que se refiere a las migraciones no europeas. Así, la primera parte del presente trabajo confronta, a partir de la literatura, la propuesta de integración de la Unión Europea con las estructuras coloniales de poder, de saber y del ser en cuanto a raza y etnia. A continuación, la segunda sección presenta las políticas de migración y de ciudadanía de la Unión Europea. La parte final demuestra, a partir del resumen de los derechos y de las restricciones expuestas, como la colonialidad del ser se reproduce a escala supranacional, a partir del análisis de cada clasificación social entre europeos y no europeos.
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