Belize: políticas públicas e gestão da pluralidade étnica
Abstract
Belize, país anglófono da América Central, é descrito,normalmente, em termos da sua diversidade cultural e da multiplicidade dos grupos étnicos que o compõem. Contudo, essa diversidade não é uma característica estável, não é gerida nem interpretada de uma única forma. Suas populações suscetíveis de serem reconhecidas como afrodescendentes têm origens múltiplas, populações essas que foram conformadas ou que chegaram a Belize em circunstâncias históricas muito diversas: alguns escravizados, outros livres, urbanos ou rurais, agricultores ou assalariados, anglófonos ou não, etc. Diante dessa complexidade de articulações, o artigo busca interpretar as práticas políticas observadas em matéria de “gestão da diversidade” (a colonial de “divide and rule”, a neoliberal, a multicultural...) em dois aspectos que determinam o campo da autonomia ”“ ideológica ou territorial ”“ do país e que elaboram as condiciones de existência da Nação e dos grupos que a compõem: políticas culturais e regulamentação das terras. A análise mostra que as variações nas políticas implementadas referem-se menos a composição étnica da população que ao posicionamento dos grupos sociais e governos frente à s forças exógenas (o império colonial, as arenas transnacionais, a globalização dos direitos autóctones) e endógenas (o paradigma desenvolvimentista, a construção da Nação). Essas forças desenham em cada período o campo de opções políticas possíveis.
Palavras-Chaves: Etnicidade, América Central, políticas públicas.
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Belice: políticas públicas y la gestión del pluralismo étnico
Belice, país anglófono de América central, es descrito a menudo en términos de la diversidad cultural y de multiplicidad de los grupos étnicos que lo componen. Sin embargo, esta diversidad no es una « característica » estabilizada, ella no es gestionada ni interpretada de una sola manera. Sus poblaciones susceptibles de reconocerse como afrodescendientes tienen orígenes múltiples, constituidas o llegadas a Belice en circunstancias históricas muy diversas: esclavizados algunos, otros libres, urbanos o rurales, agricultores o asalariados, anglófonos o no, etc. Ante estas complejidades articuladas, el articulo busca interpretar las prácticas políticas observadas en materia de « gestión de la diversidad » (la colonial de « divide and
rule », la neoliberal, la multicultural….) en dos aspectos que determinan los campos de autonomía ”“ ideológica o territorial ”“ del país
y plantean las condiciones de existencia de la Nación y de los grupos que la componen: las políticas culturales y las regulaciones de tierras. El análisis muestra que las variaciones en las políticas implementadas se refieren menos a la composición étnica de la población que al posicionamiento de grupos sociales y gobiernos frente a fuerzas exógenas (el imperio colonial, las arenas transnacionales, la globalización de derechos autóctonos) y endógenas (el paradigma desarrollista, la construcción de la Nación). Estas fuerzas diseñan en cada periodo, el campo de opciones políticas posibles.
Palabras-clave: etnicidad, America Central, politicas públicas.
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Belize: public policies and management of ethnic pluralism
Belize, an English-speaking country in Central America, is usually described in terms of its cultural diversity and in the multiplicity of their ethnic groups. However, this diversity is not a stable characteristic; it is not managed or interpreted in one single way. Their populations most susceptible to being recognized as African descent have multiple origins. These populations either have been assimilated completely or came to Belize in very different historical circumstances: some enslaved, some free, urban or rural, farmers or wage earner, Anglophone or not, etc. Given this complexity, the article seeks to interpret the political practices observed in the field of "diversity management" (the colonial "divide and rule", neoliberal, multicultural) on two aspects that determine the field of autonomy - territorial or ideological - of the country and that prepare the conditions of existence for the nation and for the groups that comprise it: cultural policies and regulations of the land. The analysis shows that changes in implemented policies refer less to the ethnic composition of the population than to the position of the social groups and Governments in the face of exogenous forces (colonial empire, transnational arenas, and the globalization of indigenous rights) and endogenous forces (the development paradigm, the construction of the Nation). In each period, these forces point out the field of possible policies.
Key words: ethnicity, Central America, public policies.
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