Movimento Zapatista: entre a política das armas e as armas da política
Abstract
Esse artigo busca explorar as tensões entre legalidade e ilegalidade, aceitação e repressão dos movimentos sociais pelo Estado, a partir da análise da trajetória do zapatismo em suas relações com os representantes do governo mexicano, do sistema político e da sociedade civil. Utilizaremos a noção de política cultural dos movimentos sociais para pensar a atuação do movimento na sociedade civil; em seguida empregaremos a noção habermasiana de esfera pública em oposição ao Estado e ao Mercado, analisando os escritos do líder do EZLN sobre a esquerda institucional (partidária) e a disputa eleitoral e a sua delimitação em oposição ao sistema político. Em seguida faremos um breve levantamento da política de repressão oficial e paramilitar contra as comunidades indígenas e a militância zapatista e, por fim, terminamos por problematizar os limites da autonomia zapatista. Como complemento à noção de política cultural do movimento social, e crítica à normatividade da esfera pública habermasiana, defendemos um resgate da dimensão histórica e geográfica do poder do Estado e do Mercado, evidenciada pela repressão cirúrgica contra a autonomia política das comunidades zapatistas.
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