“MULHER DE BANDIDO":

A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE VIRTUAL

Autores

  • Laiza Mara Neves Spagna Universidade de Brasília

Resumo

Atualmente, a possibilidade de o Estado brasileiro encontrar uma solução efetiva à  problemática da segurança pública encontra-se deveras distante. Isso se evidencia diante da ineficiência dos órgãos responsáveis pela promoção da seguridade e da justiça social, que contam, em sua maioria, com um Judiciário lento e desacreditado, com uma polícia ostensiva, e com a progressiva decadência das Instituições Prisionais do país. Esse contexto pode ser considerado reflexo do processo de fortalecimento do Estado Penal, acarretado pela desregulamentação econômica neoliberal e pela destituição do Estado Social, a partir do século XX, sobretudo em países capitalistas de industrialização recente. Ou seja, a partir da década de 1970, tais países passaram a adotar ajustes econômicos defendidos pelas nações do capitalismo central como sendo contrapartidas para a participação na economia mundial. As questões sociais, enquanto entraves ao desenvolvimento nacional, deveriam ser rapidamente extirpadas; e assim, a miséria foi criminalizada¹. Seguindo as regulamentações políticas da economia de mercado globalizante, o Brasil delegou muitos de seus problemas sociais à repressão policial e à  penalização judiciária. A associação desses dois espectros: pobreza e criminalidade, geraram um olhar discriminatório sobre todo o simbólico advindo das instituições prisionais, corroborado pela incompetência estatal em administrar tais instituições.

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Publicado

10-02-2010

Como Citar

SPAGNA, Laiza Mara Neves. “MULHER DE BANDIDO":: A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE VIRTUAL. Revista dos Estudantes de Direito da Universidade de Brasília, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 15, 2010. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/redunb/article/view/20383. Acesso em: 4 dez. 2024.