Irresponsabilidade pela omissão deliberada
DOI:
https://doi.org/10.33240/rba.v8i3.49580Resumen
O plágio é atualmente uma grande preocupação no chamado “mercado editorial científico”. Os debates acerca desse fenômeno se dão em duas diferentes abordagens, porém complementares. Uma delas afirma que o número de casos de plágio “parece” ter aumentado, tanto em função das ferramentas mais eficientes que hoje dispomos para a sua detecção, como pela maior divulgação dos trabalhos científicos (Internet). A outra, assevera que tais atos seriam derivados de falhas, tanto dos professores, quanto dos critérios quantitativos que hoje caracterizam as avaliações dos pós-graduações e dos pesquisadores/cientistas. Sobre o primeiro aspecto, concordamos, porque plágios não eram, infelizmente, incomuns, mesmo quando não havia a Internet. Não eram incomuns relatos de trabalhos copiados, de TCC's plagiados, do uso de dados de pesquisa sem autorização e até mesmo de teses e dissertações que nada mais eram do que meras traduções, tanto em instituições de ensino superior, como em centros de pesquisa. Eram eventos tristes e vergonhosos sussurrados nas mesas de café, nos corredores, ou em momentos informais de reuniões. Quanto ao segundo aspecto, temos nossas ressalvas, pois sabemos que alguns professores simplesmente não informam seus alunos sobre a gravidade em que consiste a prática do plágio, ou mesmo, da importância ética da honestidade científica, aspecto basilar em uma Academia. No entanto, temos certeza, que a maioria esmagadora dos profissionais de Ensino discorda, repudia e combate essa prática que poderíamos chamar de “irresponsabilidade pela omissão deliberada”. Quanto aos alunos, vale a antiga, porém válida, máxima do Direito que afirma que “desconhecer uma regra não justifica o seu descumprimento”. Aliás, é parte integrante de seu processo de formação buscar instruir-se acerca das regras e fundamentos éticos fundamentais para uma vivência acadêmica e científica.Descargas
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