PARA QUEM É ESSE LUGAR?
Problematização sobre a presença não branca nos espaços de visibilização da agroecologia
DOI:
https://doi.org/10.33240/rba.v17i3.49902Palavras-chave:
questões raciais, lócus de enunciação, agroecologia, poder.Resumo
A pandemia transformou as formas de comunicar os conhecimentos produzidos pelas pessoas que atuam no movimento agroecológico. Um dos principais caminhos para refletir sobre as propostas da Agroecologia foram as Lives, diálogos virtuais, que foram transmitidos durante o ano de 2020-2021, com diversos temas que ecoaram em vários cantos do Brasil e do mundo visibilizando ideias e pessoas detentoras do poder de fala. Esse trabalho tem como objetivo analisar quem ocupou esses espaços, conectando as categorias gênero e raças com os temas trabalhados. A pesquisa busca compreender como a presença de corpos racializados e generificados refletem o compromisso na materialização de 2 proposições políticas: “sem feminismo não há Agroecologia”; “se tem racismo não tem Agroecologia” e como os canais virtuais de importantes coletivos que compõe o campo agroecológico fortalecem, a partir da comunicação, a consolidação (ou não) da Agroecologia feminista, diversa e antirracista. A pesquisa mostrou que as mulheres ocuparam a maior parte dos espaços de evidência e de fala, mas também ressaltou a ausência de pessoas não brancas nos espaços de fala.
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