Produção de café agroecológico no sul de Minas Gerais: sistemas alternativos à produção intensiva em agroquímicos
DOI:
https://doi.org/10.33240/rba.v7i1.49284Palavras-chave:
Cafeicultura familiar, sistemas agroecológicos, sustentabilidade sócio-ambiental, fitossanidadeResumo
O presente trabalho teve como objetivo analisar os aspectos sócio-econômicos, ambientais e fitossanitários de agroecossistemas cafeeiros sob manejos convencional, organo-mineral, orgânico e agroflorestal conduzidos nos municípios de Machado e Poço-Fundo, localizados no sul de Minas Gerais, possibilitando uma análise técnica das diversas vertentes de cafeicultura alternativa. A pesquisa foi realizada com base no DRP (Diagnóstico Rural Participativo). Utilizaram-se questionários semi-estruturados para realização de entrevistas com os cafeicultores e realizou-se o acompanhamento (monitoramento) das lavouras cafeeiras por um período de um ano. Verificou-se que o agroecossistema convencional é extremamente dependente de fontes externas de insumos, principalmente agroquímicos (fertilizantes e agrotóxicos). O sistema orgânico também utiliza insumos de fora da propriedade como o farelo de mamona, estercos de animais e produtos orgânicos industrializados e atingiu a maior média de produtividade entre os sistemas (45 sacas ha-1). O agroecossistema organo-mineral utiliza adubação química com diversificação através de culturas intercalares. A agrofloresta apresentou a menor produtividade média (14 sacas ha-1) de café entre todos os sistemas, mas possibilita a produção de outros gêneros alimentícios que contribuem com a renda mensal da propriedade. O seu manejo caracteriza-se pela roçada da vegetação espontânea, utilização da palha de café própria e a arborização da lavoura. A produtividade do agroecossistema convencional é inferior ao organo-mineral e orgânico, apesar de ser o sistema que mais utiliza imputs externos (insumos), o que pode concorrer para a sua sustentabilidade a médio e a longo prazo.Downloads
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