Sobre as possibilidades de negação na imagem e alguns desdobramentos teórico-analíticos

Autores

Palavras-chave:

negação. imagem. representação. metáfora. simbolização.

Resumo

Este artigo examina, de maneira crítica, a afirmação de que a negação seria impossível de ser representada na imagem (Henry 1992, Herrenschmidt 2007) e analisa duas cenas do filme Praia do Futuro (Aïnouz 2014) destacando as marcas significantes que produzem efeitos de negação na imagem cinematográfica. Essas análises se sustentam no pressuposto discursivo de que o sentido não está preestabelecido, mas é produzido nas relações do simbólico com o político (Pêcheux 2002 [1983]). Paralelamente, o conceito de representação e os modos de articulação da linguagem (sintagma e paradigma, metáfora e metonímia, sintoma e desejo) são considerados sob o ponto de vista discursivo a fim de compreender como se cruzam os modos de dizer e o que se diz de fato ou o que se deixa de dizer (formulação, textualidade, simbolização) na constituição dos sentidos de negação nos diversos sistemas simbólicos.

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Biografia do Autor

Bacharel, mestre e doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas. Fez estágio de doutorado em Sciences du Langage na Université de la Sorbonne Nouvelle - Paris III. Laureada com o prêmio Capes de Tese em Letras e Linguística (2012). Autora do livro “Um saber nas ruas: o discurso histórico sobre a cidade brasileira” (Ed. Unicamp, 2013). Concluiu o pós-doutorado em Estudos Linguísticos na Universidade Federal de Minas Gerais. Especialista em Teoria Psicanalítica pela mesma instituição. Atualmente, é professora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem na Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) e pesquisadora de pós-doutorado na UFF e UFMG.

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Publicado

2020-10-19

Como Citar

Carolina P. (2020). Sobre as possibilidades de negação na imagem e alguns desdobramentos teórico-analíticos. RALED, 15(2), 27–37. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/raled/article/view/33272

Edição

Seção

Artigos