A lusofonia hoje e o legado de Agostinho da Silva

Autores

  • Renato Epifânio IADE

Palavras-chave:

Portugal. Lusofonia. Europa. Agostinho da Silva.

Resumo

Se, por um lado, o pensamento filosófico não pode submeter-se a nenhum desígnio que lhe seja extrínseco, sob pena de se negar, por outro, não pode alhear-se do espaço-tempo onde emerge e se afirma como tal. Tornou-se entretanto uma evidência que Portugal está hoje num processo de viragem estratégica. Depois de, no rescaldo da descolonização, ter apostado tudo na integração europeia, voltando as costas ao espaço lusófono, importa agora que, Portugal, sem voltar as costas à Europa, aposte de novo na convergência lusófona, ou seja, no reforço dos laços com os restantes países e regiões do espaço da lusofonia. A nosso ver, os estudos filosóficos a realizar em Portugal devem ter em conta essa viragem estratégica, promovendo-a na sua área. A Universidade Portuguesa tem, a esse respeito, uma acrescida responsabilidade. Ela deve liderar, no plano reflexivo, essa viragem estratégica. Se não o fizer, a Universidade Portuguesa condenar-se-á à irrelevância. Não há aqui meio termo - ou ela assume a responsabilidade de liderar, no plano reflexivo, essa viragem estratégica em prol da convergência lusófona ou ela falha, por inteiro, a sua missão. Por isso lembramos aqui o pensamento de Agostinho da Silva.

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Biografia do Autor

Renato Epifânio, IADE

Professor de Semiótica no IADE; Membro do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, da Direcção da Sociedade da Língua Portuguesa e da Associação Agostinho da Silva; investigador na área da “Filosofia em Portugal”, com dezenas de estudos publicados, desenvolve actualmente um projecto de pós-doutoramento sobre o pensamento de Agostinho da Silva, com o apoio da FCT: Fundação para a Ciência e a Tecnologia, para além de ser responsável pelo Repertório da Bibliografia Filosófica Portuguesa: www.bibliografiafilosofica.webnode.com; Licenciatura e Mestrado em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; doutorou-se, na mesma Faculdade, no dia 14 de Dezembro de 2004, com a dissertação Fundamentos e Firmamentos do pensamento português contemporâneo: uma perspectiva a partir da visão de José Marinho (no prelo); autor das obras Visões de Agostinho da Silva (2006), Repertório da Bibliografia Filosófica Portuguesa (2007), Perspectivas sobre Agostinho da Silva (2008), Via aberta: de Marinho a Pessoa, da Finisterra ao Oriente (2009), A Via Lusófona: um novo horizonte para Portugal (2010), Fernando Nobre: Diário de uma Campanha (2011) e Convergência Lusófona (2012). Integra a Direcção da NOVA ÁGUIA: Revista de Cultura para o Século XXI e é o Director da Colecção de livros com o mesmo nome (Zéfiro). É o Presidente do MIL: Movimento Internacional Lusófono.

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Publicado

2012-10-25

Como Citar

EPIFÂNIO, Renato. A lusofonia hoje e o legado de Agostinho da Silva. Participação, [S. l.], n. 22, 2012. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/participacao/article/view/25625. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos de desenvolvimento teórico

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