Aplicação do DesviUFPE para descarte das primeiras águas de chuva viabilizando o uso para fins potáveis em residências populares no semiárido pernambucano

Autores

  • Siméia Domingos Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro de Acadêmico do Agreste, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental https://orcid.org/0009-0005-8535-9999
  • Julio Cesar Azevedo Luz de Lima Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC) https://orcid.org/0009-0009-4930-6514
  • Isabelle Rodrigues de Mendonça Câmara Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC) https://orcid.org/0000-0002-1976-6132
  • Savia Gavazza dos Santos Pessôa Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), Departamento de Engenharia Civil (DECivil) https://orcid.org/0000-0002-4433-7735
  • Elizabeth Amaral Pastich Gonçalves Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro de Acadêmico do Agreste, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental https://orcid.org/0000-0001-5697-9607

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n34.2023.28

Palavras-chave:

qualidade da água, cisterna, água da chuva, sustentabilidade, inovação

Resumo

Devido ao aumento da demanda, a gestão da água torna-se cada vez mais desafiadora, sobretudo em centros urbanos de regiões áridas e semiáridas. O uso de água de chuva para fins potáveis é uma medida de adaptação às mudanças climáticas para construir cidades mais resilientes. O descarte do primeiro milímetro da chuva para separação das primeiras águas é uma técnica que favorece o enquadramento da água da chuva para fins potáveis. Esta pesquisa objetivou avaliar a qualidade da água da chuva armazenada em reservatórios domiciliares que utiliza o sistema de captação e tratamento DesviUFPE para descarte automático das primeiras águas, e a adequação da água armazenada aos padrões de potabilidade para fins de abastecimento humano, em conjuntos habitacionais populares urbanos no semiárido de Pernambuco, Brasil. Para tanto, foram realizadas coletas em 24 residências. O estudo durou 12 meses e abrangeu períodos de chuva e seca da região. Foram analisados os parâmetros: turbidez, dureza, alcalinidade, cloretos, condutividade elétrica, salinidade, coliformes totais e Escherichia coli. Para todas as residências foi necessário realizar simples desinfecção da água armazenada. Dessa forma, a utilização do sistema DesviUFPE em conjunto com a desinfecção por cloração mostrou-se uma solução eficaz para tornar a água da chuva potável e apropriada para consumo humano.

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Biografia do Autor

Siméia Domingos, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro de Acadêmico do Agreste, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental

Bacharela em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco- UFPE/CAA. Mestranda em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade Federal de Pernambuco- UFPE-CAA, na área de Tecnologia Ambiental. Atualmente desenvolve um projeto de pesquisa através da FADE com o título: Água de qualidade para promoção da saúde e de uma melhor qualidade de vida- Projeto Água Melhor, coordenado pela prof. Titular Sávia Gavazza e Prof. Júlio César Azevedo e orientado pela prof. Titular Elizabeth Pastich.

Julio Cesar Azevedo Luz de Lima, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC)

Graduação em Engenheiro Civil, professor EBTT com dedicação exclusiva do Instituto Federal de Pernambuco (Campos Barreiros), Mestre e doutorando em Engenharia civil com ênfase em Tecnologia Ambiental. Co-fundador e sócio cotista da Startup Pluvi, incubada no Polo Tecnológico da UFPE. Técnico em Saneamento Básico pela Escola Técnica Federal de Pernambuco. Tem experiência em Gestão, onde atuou na COMPESA entre 1997 e 2014, principalmente na gestão da manutenção de redes e ramais do Recife e das atividades de cadastro, micromedição e faturamento do Estado de Pernambuco.

Isabelle Rodrigues de Mendonça Câmara, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC)

Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco e mestrado em Engenharia Civil com ênfase em tecnologia ambiental e recursos hídricos pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC) e doutorado em andamento, também pelo PPGEC. Co-fundadora e sócia cotista da Startup Pluvi, incubada no Polo Tecnológico da UFPE.

Savia Gavazza dos Santos Pessôa, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), Departamento de Engenharia Civil (DECivil)

Doutora em Engenharia Civil na área de Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos - USP (2003). Pós-doutorado na Universidade de Cornell (EUA) entre 2012-2013. Professora Associada IV da Universidade Federal de Pernambuco. Vice-diretora do Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia da UFPE. Professora Associada da Universidade de Toronto, a partir de julho de 2017 (status only). Membro titular da Câmara de Engenharias da FACEPE. Membro titular do Comitê Gestor do Programa de Formação de Recursos Humanos (PRH-ANP 48.1). Consultor do Natural Sciences and Engineering Research Council of Canada. Integrou o comitê de avaliação quadrienal 2017-2020 dos Programas de Pós-Graduação das Engenharias I da CAPES.

Elizabeth Amaral Pastich Gonçalves, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro de Acadêmico do Agreste, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental

Possui graduação em Ciências Biologicas Bacharelado pela Universidade Federal de Pernambuco (2004), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (2007) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (2011). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental (PPGECAM), do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Engenharia Sanitária, atuando principalmente nos seguintes temas: indicadores ambientais, esgotos, tratamento, biomassa, reúso hidroagrícola e reaproveitamento.

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Publicado

22-12-2023

Como Citar

Domingos, S., Azevedo Luz de Lima, J. C., Rodrigues de Mendonça Câmara, I., Gavazza dos Santos Pessôa, S., & Amaral Pastich Gonçalves, E. (2023). Aplicação do DesviUFPE para descarte das primeiras águas de chuva viabilizando o uso para fins potáveis em residências populares no semiárido pernambucano. Paranoá, 16(34), 1–17. https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n34.2023.28

Edição

Seção

Água e Mudanças Climáticas

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