Explorando os arquivos da FAUUSP: novas e velhas fontes de pesquisa do arquivo de documentos pessoais da Seção de alunos e no Acervo de Projetos da Biblioteca
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n32.2022.24Palavras-chave:
arquivo, historiografia, arquitetura paisagística, gêneroResumo
Este artigo apresenta as experiências de pesquisa estimuladas a partir do mergulho em dois repositórios: o arquivo de documentos pessoais dos estudantes da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo, que se encontra na Seção de Alunos, e o Acervo de Projetos da Biblioteca da mesma faculdade. A partir do recorte de gênero, das trajetórias das mulheres formadas na FAUUSP entre 1947 e 1971, e adotando aportes metodológicos da epistemologia feminista, objetiva-se evidenciar discussões sobre o lugar das mulheres na prática profissional e sobre como os acervos contribuem ou não para a conservação das narrativas estabelecidas na história da arquitetura. Operamos com novas fontes de pesquisa – os documentos pessoais dos discentes da FAUUSP – e fontes já consagradas pela pesquisa arquitetônica – como os projetos de arquitetura da paisagem da Coleção Rosa Kliass – a fim de discutir como o cotejamento dessas tipologias documentais contribui para trazer à tona essas personagens desconhecidas e para rever temáticas consagradas do campo da arquitetura.
Downloads
Referências
AZOULAY, Ariella. Archive : Ariella Azoulay. Political concepts a critical lexicon, n. 1, 2017.
BRITO, Gisele F. De; COSTA, Eduardo A.; VELLOSO, Leandro M. R. Digital Platform for dissemination of the FAUUSP architecture and design collections. Brazilian Journal of Information Science: research trends, v. 15, p. e02125, 2021. DOI: 10.36311/1981-1640.2021.v15.e02125.
CASTRO, Ana Claudia Veiga de.; SILVA, Joana Mello de Carvalho e. DOSSIÊ - Fazer história: o estatuto das fontes e o lugar dos acervos nas pesquisas de história de arquitetura e da cidade no Brasil. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, v. 24, n. 3, p. 11–18, 2016. DOI: 10.1590/1982-02672016v24n03do.
CHEVALIER, Gérard. No Title. Genèses, Paris, v. 39, n. 2, p. 98–120, 2000. DOI: 10.3917/gen.039.0098.
FARGE, Arlette. O sabor do arquivo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2017.
JACQUES, Paola B. Pensar por montagens. In: JACQUES, Paola B.; PEREIRA, Margareth da S. (org.). Nebulosas do pensamento urbanístico: tomo I – modos de pensar. Salvador: EDUFBA, 2018. p. 206–235.
KLIASS, Rosa G.; MAGNOLI, Miranda M. Áreas verdes de recreação. Paisagem e Ambiente, v. 21, n. Especial Miranda Magnoli, p. 245–256, 2006. DOI: 10.11606/issn.2359-5361.v0i21p245-256.
KLIASS, Rosa Grena. O livro da Rosa. São Paulo: Romano Guerra, 2019.
LIRA, José; DELECAVE, Jonas; PRÓSPERO, Victor; FIAMMENGHI, João B. Acervos de arquitetura como espaço histórico de formação. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, v. 29, p. 1–31, 2021. DOI: 10.1590/1982-02672021v29e53.
LIRA, José Tavares Correia. Coleção Rosa Kliass. São Paulo. Acervo LPG FAUUSP, 2019.
MAGNOLI, Miranda Martinelli; CHIESA, Paulo. Paisagismo não é jardinagem. In: ENEPEA Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escola de Arquitetura e Urbanismo do Brasil. Anais [...]. Curitiba: ENEPEA Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escola de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, 2008.
MARQUES, Eliana De Azevedo. Serviço de biblioteca e informação da FAUUSP. Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, v. 20, n. 20, p. 226–238, 2006. DOI: 10.11606/issn.2317-2762.v0i20p226-238.
PEIXOTO, Priscilla. Pensar por biografias. In: JACQUES, Paola B.; PEREIRA, Margareth da S. (org.). Nebulosas do pensamento urbanístico: tomo I – modos de pensar. Salvador: EDUFBA, 2018. p. 70–97.
RICOEUR, Paul. Memory, history, oblivion. In: KEARNEY, Richard; TREANOR, Brian (org.). Carnal Hermeneutics. Fordham University Press, 2015. p. 148–158. DOI: 10.1515/9780823265916.
RUBINO, Silvana Barbosa. Lugar de mulher: Arquitetura e desgn modernos, gênero e domesticidade. 2017. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017 (Tese de Livre Docência).
SANTOS, Daniela Ortiz Dos. Invisible Files in Visible Institutions: Notes on Max Cetto’s Papers. Critique d’art, [S. l.], n. 54, p. 123–143, 2020. DOI: 10.4000/critiquedart.62131.
SANTOS, Luciene R. Dos. Os professores de projeto da FAU-USP (1948-2018): esboços para a construção de um centro de memória. 2018. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. DOI: 10.11606/D.16.2018.tde-18092018-163855.
SILVA, Joana Mello de Carvalho e. Um acervo, uma coleção e três problemas: a Coleção Jacques Pilon da Biblioteca da FAUUSP. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, v. 24, n. 3, p. 45–70, 2016. DOI: 10.1590/1982-02672016v24n0302.
SODRÉ, João Clark de Abreu. Arquitetura e viagens de formação pelo Brasil (1938 - 1962). 2010. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010 (Dissertação de mestrado). DOI: 10.11606/D.16.2010.tde-14062010-153534.
WRIGHT, Gwendolyn. Women in Modernism. In: WOMEN IN MODERNISM: MAKING PLACES IN ARCHITECTURE 2007, New York. Anais [...]. New York, p. 1–8.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Paranoá
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).