Chamada para Edição temática: Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística

2022-07-21

Chamada para Edição temática: Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística

Editora convidada: Teresa Santos (Universidade Nova de Lisboa)

Editor do PPG: Caio Silva (UnB)

Reabilitação para um futuro resiliente

Os processos de reabilitação visam solucionar os problemas urbanos com ações que reduzam os efeitos dos impactos negativos e ampliem os efeitos dos impactos positivos. Nem todos os projetos promovem a melhoria da qualidade do ambiente urbano a longo prazo. Deste modo, tais empreendimentos não geram os ensejados desdobramentos sociais e urbanos e a arquitetura das cidades deixa de ser projetada como a maior representação humana, patrimônio para as gerações futuras. Visto que o cenário das mudanças climáticas globais está ocorrendo e as iniciativas de mitigação dos efeitos nocivos à saúde humana, biodiversidade e sustentabilidade decorrentes destas mudanças se apresentam de forma discreta e não acompanham a urgência da crise Ambiental, é preciso repensar o jeito de projetar e re-projetar as cidades.

Cada vez mais, a atuação de profissionais como arquitetos ou engenheiros depara-se com a necessidade de intervir no pré-existente. Tal atitude é fundamental para a manutenção de nossa identidade e memória. Além disso, há uma diversidade de questões legais, econômicas e de sustentabilidade do ambiente construído que estão inerentes a estes processos. As nossas cidades precisam desenvolver trabalhos de reabilitação dos espaços, voltados à tutela das grandes áreas livres que ainda possuem, recuperando as periferias, valorizando o seu patrimônio histórico-arqueológico, reestruturando e ampliando a rede urbana com principios ecológicos.

Defende-se que a atividade projetual precisa ser mais atenta aos lugares, que procure elementos de coerência com a paisagem circundante e com a parte da cidade na qual se intervém. Neste sentido, um projeto de reabilitação deve trabalhar com critérios de qualidade setoriais, tais como uso do solo, configuração espacial e arquitetônica, circulação viária e estacionamento. As competências nele transmitidas objetivam, ainda, proporcionar uma atividade projetual mais consciente e atenta aos meios ambiental e cultural.

Acreditamos que os espaços urbano e arquitetônico, bem como seus usos, podem ser reabilitados de forma eficiente, propiciando mudanças e benefícios relacionados à sustentabilidade para toda a sociedade. A modalidade escolhida para a realização do curso – à distância – proporciona não apenas a facilidade de desenvolver os estudos em hora e local mais convenientes para o estudante, mas a oportunidade ímpar de interagir com profissionais de todas as regiões do país e do exterior.

Reabilitação em múltiplas escalas

Esta chamada especial da revista Paranoá com o tema: “Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística” pretende reunir trabalhos analíticos e propositivos dentro da temática multidisciplinar da reabilitação ambiental sustentável nas diversas escalas de atuação ligadas ao objetivo do desenvolvimento sustentável 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis. (ONU, 2020). A chamada pretende tocar diversas visões acerca da reabilitação ambiental, sustentabilidade urbana, eficiência energética, mobilidade sustentável, questões climáticas que promovem uma ampla discussão do papel da educação para a sustentabilidade e da resiliência urbana alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Sabemos que para reabilitar o espaço urbano é preciso conhecer de perto as dinâmicas espaciais e os mecanismos de decisão, as conexões, as energias e as simulações atrelados ao ambiente, às condicionantes locais, e à história e cultura de uma comunidade. Assim, pretendemos promover discussões alinhadas ao objetivo do desenvolvimento sustentável número 11: Cidades e Comunidades Sustentáveis.

Ressalta-se que estudos urbanos são impactados nas várias escalas, desde a macro escala urbana até a microescala do edifício. Neste sentido, esta edição pretende abraçar todas essas escalas, que organizamos em três eixos:

Eixo 1: princípios da sustentabilidade e bioclimatismo

Eixo 2: cidades e indicadores urbanos

Eixo 3: ambiente, energia e tecnologia

A data limite para envio de artigos é 10 de setembro de 2022.