Une expérience de muséologie collaborative
réflexions sur les collections ethnographiques et la notion de musée
DOI:
https://doi.org/10.26512/museologia.v10i19.34586Palabras clave:
Ethnographie autochtone, Muséologie participative, Musées autochtones, Agentivité, Processus mémorielsResumen
Cet article a pour objectif d’explorer les transformations engendrées par la collaboration entre représentants autochtones et muséologues sur les pratiques muséales. Nous verrons comment les activités développées dans un tel cadre permettent de repenser le statut et la catégorisation de l’objet muséalisé ainsi que ceux de l’espace muséal. Nous aborderons également les bénéfices et les significations d’une telle entreprise pour les groupes autochtones impliqués. Nous nous appuierons sur les résultats d’une expérience de terrain ethnographique réalisée au sein du Musée d’Archéologie et d’Ethnologie de l’Université de São Paulo et des villages des groupes Kaingang, Guarani Nhandewa et Terena du Centre-Ouest de l’État de São Paulo.
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