Ressignificar, glamourizar, estetizar: notas sobre a loucura no tempo presente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/museologia.v12i23.45525

Palavras-chave:

arte, loucura, história pública, história do tempo presente

Resumo

O presente artigo tem como matéria de investigação objetos ligados à história da psiquiatria e de suas terapêuticas e que foram apropriados de forma estética ou artística. A arte pode ser nestes casos tanto um valor atribuído à posteriori, a revelia das intenções de seu autor, ou empreendida de forma intencional destinada a um público consumidor. Com isso, propomos pensar de que modo camisas de força, embalagens de medicamentos, espaços asilares e outros elementos foram transformados em objetos estilizados, seja pela moda ou pela arte. Tais objetos possuem uma enorme e conflitante teia histórica e, por isso, escolhemos alguns desdobramentos deste cenário em momento contemporâneo.

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Biografia do Autor

Stefanie Gil Franco, Instituto de História da Arte, Universidade Nova de Lisboa

Stefanie Gil Franco fez a sua formação em ciências sociais e em história da arte, concluindo, em 2019, o doutoramento na FCSH, Universidade NOVA de Lisboa, com a tese “Os imperativos da arte: encontros com a loucura em Portugal do século XX”, publicado em livro pela Editora Caleidoscópio /DGPC (Coleção Estudos de Museus). O seu interesse sobre as questões da “arte e loucura” inicia-se no ano de 2006 quando principia uma investigação sobre Arthur Bispo do Rosário, resultando no seu projeto de mestrado em Antropologia Social na Universidade de São Paulo. Como foco de interesse percorre temas relacionados à institucionalização da loucura, às práticas nosográficas da psiquiatria, assim como à promoção da loucura como elemento discursivo no campo das artes. Atualmente desempenha funções de investigadora no Banco de Arte Contemporânea – Graça Carmona e Costa (EGEAC), leciona como professora auxiliar convidada no Departamento de História da ARTE (DHA/UNL) e é membro integrado do IHA/NOVA FCSH no grupo Museum Studies.

Viviane Borges, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

É Doutora em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com doutorado-sanduíche na École des Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS, Paris. Professora Associada da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), membro do Laboratório de Patrimônio Cultural (LabPac/UDESC), atuando no curso de graduação em História e como docente permanente no Programa de Pós-Graduação em História da UDESC e no Mestrado Profissional em História - ProfHistória. Coordenadora do programa de extensão Arquivos Marginais. Representante no Brasil da Red Iberoamericana de Historia de la Psiquíatria e membro da Rede Brasileira de História Pública. Realizou estágio pós-doutoral no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Desenvolve investigações sobre os seguintes temas: História das práticas e das experiências institucionais de confinamento/internamento, Biografia e sujeitos marginalizados, História Pública, Preservação do Patrimônio Cultural, em especial os Patrimônios Difíceis e o Patrimônio Prisional.

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Publicado

2023-06-22

Como Citar

Gil Franco, S., & Trindade Borges, V. (2023). Ressignificar, glamourizar, estetizar: notas sobre a loucura no tempo presente. Museologia & Interdisciplinaridade, 12(23), 288–300. https://doi.org/10.26512/museologia.v12i23.45525