Bases culturais para atribuição de gênero em Manxineru
DOI :
https://doi.org/10.26512/rbla.v7i2.20604Mots-clés :
Gênero. Concordância. Bases culturais. Processos metafóricos. Família Aruák.Résumé
Este artigo trata de motivações semânticas para a distinção de gênero masculino/feminino em Manxineru (Yine), família Aruák. Argumentamos que gênero é um traço distintivo dos referentes dos nomes, semanticamente transparente, marcado por meio de sufixos em nomes relativos a estágios da vida dos humanos e em nomes de relações de parentesco, mas cristalizado na forma fonológica de outros nomes. Mostramos que o gênero de um referente aciona concordância obrigatória por meio de afixos pessoais nos nomes em relação de posse e nos predicados verbais e adjetivais intransitivos, de acordo com o gênero do sujeito, e no caso dos verbos transitivos, com o gênero do objeto. Concluímos que a atribuição de gênero nesta língua é moldada na cultura e que, em vários casos, trata-se de atribuição de natureza puramente metafórica.Téléchargements
Références
Aikhenvald, Alexandra Y. 2000. Classifiers: A typology of noun categorization devices. Oxford: Oxford University Press.
Borges, M. V. 1997. As falas feminina e masculina no Karajá. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, Dissertação de Mestrado.
Campbell, Lyle. 2012. Typological characteristics of South American indigenous languages. The Indigenous Languages of South America: A Comprehensive Guide, ed. by Lyle Campbell and Verónica Grondona, 259-330. Berlin: Mouton de Gruyter.
Campbell, Lyle. 2012. Language contact and linguistic change in the Chaco. RBLA 5(2):255-287.
Dixon, R. M. W. 1982. Where Have All the Adjectives Gone? Berlin: Walter de Gruyter.
Dixon e Akhenvald. 1999. The Amazonian Languages. Cambridge: Cambridge University Press.
Drude, S. 2002. Fala masculina e feminina em Awetí. In A. D. Rodrigues, & A. S. A. C. Cabral (Eds.), Línguas indígenas Brasileiras: Fonologia, gramática e história. (Atas do I Encontro Internacional do Grupo de Trabalho sobre Línguas Indígenas da ANPOLL). vol. 1 (pp. 177-190). Belém: EDUFPA.
Facundes, Sidney da S. 2000. The Language of the Apurinã People of Brazil. Tese de Ph.D., SUNY-Búfalo: Búfalo.
Lakoff, G. 1987. Women, Fire, and Dangerous Things. University of Chicago Press.
Monserrat, Ruth M. F. 2000a. Características lexicais e morfológicas da fala masculina e feminina na língua Aweti. (MS)
Monserrat, Ruth M. F. 2000b. Prefixos pessoais em Awetý, Série Linguística III, Museu Nacional.
Ramirez, Henri. 2001. Uma gramática do Baníwa do Içana. (MS).
Ribeiro, E. R. 2012. A grammar of Karajá. Ph.D dissertation, University of Chicago.
Rodrigues, A. D. 2004. Sobre a possível origem da diferença fonética entre a fala masculina e a feminina em Karajá. Liames 4:115-121. Campinas, SP, UNICAMP.
Tovar, Antonio. 1961. Catálogo de las lenguas de América del Sur. Buenos Aires: Editorial Sudamericana
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Revista Brasileira de Linguística Antropológica 2016
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans RBLA acceptent les conditions suivantes :
a) Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, et l'œuvre est simultanément sous licence Creative Commons Attribution License, qui permet le partage de l'œuvre avec la reconnaissance de la paternité de l'œuvre et la publication initiale dans cette revue .
b) Les auteurs sont autorisés à conclure des contrats supplémentaires séparément, pour la distribution non exclusive de la version de l'œuvre publiée dans cette revue (par exemple, publier dans un référentiel institutionnel ou sous forme de chapitre de livre), avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans ce journal.
c) Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier leur travail en ligne (par exemple, dans des référentiels institutionnels ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des changements productifs, ainsi qu'augmenter l'impact et la citation de l'ouvrage publié.