A Corrupção da Nobreza: a Trajetória dos Almeida Portugal do Vice-Reinado ao Crime de Lesa-Pátria
DOI :
https://doi.org/10.26512/rhh.v10i20.47440Mots-clés :
corrupção - nobreza – cultura políticaRésumé
Nesse artigo será debatida a corrupção ao se percorrer a saga de uma família de nobres em Portugal: a Casa de Alorna. Serão exemplificados três tipos de corrupção nomeados e interpretados ao longo do século XVIII até as primeiras décadas do XIX. Demonstra-se na ascensão dessa família, indo até sua queda, a corrupção pelo posto e cargo administrativo por meio de envolvimentos em redes clientelares no governo além-mar. Em seguida, na geração posterior, o caso do segundo marquês: a corrupção política e do nome que lhe foi imposta em acusação e prisão por longos anos. Por fim, mas não menos emblemático, no alvorecer do século XIX, a corrupção da identidade política, ou seja, a que acabou na condenação por crime de lesa majestade e de lesa pátria, do titular da Casa, numa derrocada final dos homens dessa família, a ruína do nome nobre e de seu status, num claro exemplo de conflito entre as ambições e os deveres de servir a monarquia que anteriormente foram manifestados em documentos a serem presentados no texto. A intenção é ir além das noções primeiras sobre o que significa a corrupção na Idade Moderna para a partir dos delitos, situações e demais acusações, explorar as possiblidades desse conceito extraordinariamente polissêmico, mas, sem dúvida, central nos debates políticos e estudos sobre o Antigo Regime.
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