Foyers de Resistências, Foyers de Experiências: Filosofia da Resistência como Experiência de Desafio ao Fim da Revolução
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v9i2.38973Parole chiave:
Foucault. Resistência. Revolução. Foyer. Experiência.Abstract
Esse artigo propõe refletir sobre uma filosofia da resistência a partir do pensamento de Michel Foucault. Para tanto, questiona se a atualidade chegou ao fim da era da revolução. Desse modo, o artigo apresenta dois estudos. O Estudo I discute a posição do autor com relação às teses de Marx, a fim de delinear a noção de resistência dentro do quadro teórico das relações de poder. Nesse sentido, a greve geral de Maio de 1968 é exemplar. O Estudo II se ocupa em como pensar a resistência como experiência. A noção de foyer destaca a função articuladora entre o aspecto de ‘empoderamento’ da resistência com os processos de dessubjetivação da experiência. Para desenvolver essa hipótese, são considerados três temas abordados por Foucault: a transgressão, a contraconduta e a atitude crítica. A conclusão sugere que uma filosofia da resistência pode promover uma experiência de desafio.
Downloads
Riferimenti bibliografici
BADIOU, Alain. Résistance et philosophie. Filozofski vestnik, 1997, vol. 18, n° 02, p.11-16.
BATAILLE, Georges. L’expérience interieur. Paris: Éditions Gallimard, 1943.
BEHRENT, Michael C. Penser le XXe siècle avec Michel Foucault. Revue d’Histoire Moderne & Contemporaine, 2013, vol. 4-5, n° 60-4/4 bis, p.07-28.
BIDET, Jacques. Foucault with Marx. London: Zed Books, 2016.
BOURDIEU, Pierre. Sur le pouvoir symbolique. Annales, 1977, vol. 32-33, p.405-411.
BREUILLY, John. Eric Hobsbawm: Nationalism and revolution. Nations and nationalism, 2015, vol. 21, n° 04, p.630-657.
BROSSAT, Alain. Resistance(s) et pouvoir(s) chez Michel Foucault. Resistance et transfers, 2004, p.115-119.
BUTLER, Judith. Revisiting bodies and pleasure. Theory, culture & society, 1999, vol. 16, n° 02, p.11-20.
CAYGILL, Howard. On resistance: a philosophy of defiance. London: Bloomsbury, 2013.
DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Editora Boitempo, 2016.
DELEUZE, Gilles. L’Abécédaire de Gilles Deleuze, entrevista concedida à Claire PARNET realizada em 1988 e transmitida em série televisiva a partir de novembro de 1995, pela TV-ARTE, Paris, Registro audiovisual, 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=voRRg3HBQnE
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Anti-oedipus: capitalisme et schizophrénie. Paris: Éditions de Minuit, 1972.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mille plateaux: capitalisme et schizophrénie. Paris: Éditions de Minuit, 1980.
DERRIDA, Jacques. Resistance of psychoanalisys. Stanford: Stanford University Press, 1998.
DICTIONNAIRE LAROUSE, verbete Foyer, 2020. Disponível em: https://www.larousse.fr/dictionnaires/francais/foyer/34920?q=foyer#34883
DOUZINAS, Costas. Philosophy and resistance in the crisis: Greece and the future of Europe. Malden: Polity Press, 2013.
FERRY, Luc; RENAULT, Alain. La pensée 68. Paris: Éditions Gallimard, 1988.
FOUCAULT, Michel. La volonté de savoir. Histoire de la sexualité vol. I. Paris: Éditions Gallimard, 1976.
FOUCAULT, Michel. Il faut défendre la société: cours au Collège de France 1975-76. Paris: Éditions Gallimard, 2004.
FOUCAULT, Michel. L’ordre du discours. Paris: Éditions Gallimard, 1971.
FOUCAULT, Michel. Le gouvernment de soi et des autres: cours au Collège de France 1982-83. Paris: Éditions du Seuil, 2008.
FOUCAULT, Michel. Qu’est-ce que la critique?. Paris: J. Vrin, 2015.
FOUCAULT, Michel. Dits & Écrits. Vols. I, II, III, IV. Paris: Éditions Gallimard, 1994.
FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica: curso do Collège de France de 1978-79. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2008.
FRASER, Nancy. Foucault on modern power: empirical insights and normative confusion. Praxis International, 1981, vol. 03, p.272-287.
GROS, Frédéric. Désobéir. Paris: Éditions Albin Michel; Éditions Flammarion, 2017.
HABERMAS, Jürgen. The philosophical discourse of modernity: twelve lectures. Cambridge: MIT Press, 1998.
HAN, Béatrice. Foucault’s critical thought. Stanford: Stanford University Press, 2002.
HEIDEGGER, Martin. Nietzsche: the will to power as knowledge and as metaphysics. San Francisco: Harper & Row, 1987.
HOLLOWAY, John. Change the world without taking power. London: Pluto, 2002.
HONNETH, Axel. The critique of power: reflective stages in a critical social theory. Massachusetts: MIT Press, 1991.
HOY, David Couzens. Critical resistance: from poststructuralism to post-critique. Cambridge: Massachusetts Institute of Technology Press, 2004.
JOHNSON, Alan. Slavoj Zizek’s theory of revolution: a critique. Global Discourse, 2011, vol.02, n° 01, p.135-151.
KELLNER, Douglas et al. Introduction to Marcuse. Philosophy, psychoanalysis and emancipation. New York: Routledge, 2011.
LACLAU, Ernesto. Nuevas reflexiones sobre la revolución de nuestro tiempo. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión, 1993.
LACLAU, Ernesto; MOUFFE, Chantal. Hegemony and socialist strategy: towards a radical democratic politics. London: Verso, 1985.
LEGRAND, Stéphane. As close as possible to the unlivable: Michel Foucault and phenomenology. Sofia International Journal of Philosophy and Traditions, 2008, vol. 47, p.281-291.
LORENZINI, Daniele. From counter-conduct to critical attitude: Michel Foucault and the art of not being governed quite so much. Foucault studies, 2016, n° 21, p.07-21.
MacKENZIE, Iain. Resistance and the politics of truth: Foucault, Deleuze, Badiou. Bielefeld: Transcript Verlag, 2018.
MARCUSE, Herbert. One-dimensional man: study in the ideology of advanced industrial society. Boston: Beacon Press, 1964.
MATTOS, Olgária. Paris 1968: as barricadas do desejo. São Paulo: Editora Brasiliense,1989.
MAY, Todd. Thinking the break: Rancière, Badiou and the return of the politics of resistance. Comparative and Continental Philosophy, 2009, vol. 01, n° 02, p.253-268.
McQUARIE, Donald; SPAULDING, Marc. The concept of power in marxist theory: a critique reformulation. Critical Sociology, 1989, vol. 16, n° 01, p.03-26.
MELO, Rúrion. Marx e Habermas: teoria crítica e os sentidos da emancipação. São Paulo: Editora Saraiva, 2013.
MONOD, Jean-Claude. L’art de ne pas être trop governé. Paris: Éditions Seuil, 2019.
NEOCLEUOS, Mark. Resisting resilience. Radical philosophy, 2013, n° 178, March-April, p.02-07.
NIETZSCHE, Friedrich. On the genealogy of morals: an introduction. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.
O’LEARY, Timothy. Rethinking experience with Foucault. O’LEARY, Timothy; FALZON, Christopher (eds.), Foucault and philosophy. London: Blackwell Publishing, p.162-184, 2010.
PICKETT, Brent L. Foucault and the politics of resistance. Polity, 1996, vol. 28, n° 04, p.445-466.
RANCIÈRE, Jacques. Será que a arte resiste a alguma coisa? LINS, Daniel (org.). Nietzsche, Deleuze, arte e resistência. Forense Universitária: Prefeitura de Fortaleza, 2007.
REVEL, Judith. Dictionnaire Foucault. Paris: Éditions Ellipses, 2008.
SAWICKI, Jana. Foucault queer theory and discourse of desire. O’LEARY, Timothy; FALZON Christopher (eds.), Foucault and philosophy. London: Blackwell Publishing, p.185-203, 2010.
SNYDER, Robert. The end of revolution? The review of politics, 1999, vol. 61, n° 01, p.05-28.
TEMPLE, Giovana Carmo. Acontecimento, poder e resistência em Michel Foucault. Cruz das almas: UFRB, 2013.
THOMPSON, Kevin. Forms of resistance: Foucault on tactical reversal and self-formation. Continental philosophy review, 2003, vol. 36, n° 02, p.113-138.
TOURAINE, Alain. Le comunisme utopique: le mouvement de mai 1968. Paris: Éditions du Seuil, 1972.
ZIZEK, Slavoj. Introduction in Revolution at the gates: a selection of writings from February to October 1917. London: Verso, 2002.
ZIZEK, Slavoj. The universal exception. New York: Blommsbury, 2014.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2021 Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea
Questo lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Non opere derivate 4.0 Internazionale.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da primeira publicação para a revista. Em virtude dos artigos aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.