Images of the Catastrophe
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v9i3.42994Keywords:
Image. Photography. Holocaust. Auschwitz. Georges Didi-Huberman.Abstract
The article investigates from the book “Images despite everything”, by Georges Didi-Huberman (2020), four remaining photographs of Crematorium V in Auschwitz-Birkenau, taken in August 1944, by the Greek Jew Alberto Errera, a member of the Sonderkommando. It is noteworthy that it is his photographic gesture invested with the most intense emotional sense (pathos) that gives his images an indicial character that effectively operates as testimony (superstes) allowing one to imagine what is considered “unimaginable” by “Holocaust metaphysicians”. Reacting to the thesis of the impossibility of representing the gas chambers, according to which any attempt to configure them would be a falsification of suffering by concession to aestheticization, the article states that it is necessary to know what is possible, whatever it is about the pain that took place there. It is also evident that it is the “zones of opacity” in Alberto Errera’s photos that, by conveying the pathos, activate the imagination and force the viewer’s thoughts. It is its “out of framing” that, mobilizing the gaze without stopping, from the icon to the index and from that to that, does not operate as an interdiction, but, on the contrary, it is what makes one see and know something more about what happened there. Finally, it can be concluded that Alberto Errera’s gesture transformed the “historical reality”, made of horror and upheaval, into a possibility of memory for the future, using only a remnant of celluloid.
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