Um herói da subjetividade
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v5i2.12592Palavras-chave:
Hegel, Lutero, Idealismo alemão, Filosofia da religião, CristianismoResumo
O objetivo do presente artigo é examinar em que medida, para Hegel, a reforma luterana foi capaz de reestabelecer o vínculo entre indivíduo e divino. Como se sabe, o catolicismo fundou a figura do santo e do sacerdote como mediadores, privando o sujeito da liberdade de se dirigir a Deus a partir de sua própria interioridade. Nesse sentido, o ensinamento de Lutero se pauta pela simplicidade: ele recusa as relações exteriores tradicionais da igreja e procura conservar apenas o essencial do cristianismo, quer dizer, o acesso subjetivo ao supramundano. Buscou-se também fugir das interpretações biográficas, que vêem na obra e nas cartas de Hegel uma tentativa de superação da reforma, entendo-se que não está em jogo uma perspectiva de correção ou melhoria do cristianismo instituído, qualquer que seja a sua forma, mas sim uma tentativa de compreensão das manifestações históricas de sua doutrina.
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