Longe do Paraíso:

Jazz, de Toni Morrison, e Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo

Autores

  • Ângela Maria Dias

Resumo

O ensaio propõe-se interpretar as escritas de Morrison e Evaristo, explorando as correspondências entre memória e criação nas respectivas obras, a partir do ponto de vista de cada narrador, diante dos respectivos enunciados. Levando em conta o papel da enunciação diante do mundo ficcionalizado, como forma simbólica, a presente investigação pretende interrogar até que ponto a economia de cada universo narrativo organiza um contra-discurso em relação ao cânone dominante, na busca da reconstrução de uma identidade histórica e ficcional, em que dados da tradição se misturam à contemporaneidade de personagens desenraizados e investidos na compreensão das próprias perdas. Neste sentido, a atual proposta se dispõe a perguntar até que ponto o papel da distância narrativa projeta, na dimensão estética que lhe é inerente, as especificidades características dos cânones afro-americano e afro-brasileiro, respectivamente, e, na medida do possível, consegue delinear a ética do engajamento político das escritoras, seja ele de raça e/ou de classe e/ou de gênero.

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Publicado

01/04/2011

Como Citar

Dias, Ângela M. (2011). Longe do Paraíso:: Jazz, de Toni Morrison, e Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (32), 173–185. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9576

Edição

Seção

Seção Tema Livre