PROFUSÃO DA MORTE E LIBERDADE FORMAL NO INTERIOR DE NECRÓPOLES BRASILEIRAS
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn2238-362X.v8.n1.2018.08Palavras-chave:
Arquitetura funerária, Cemitérios, Morfologia tumular, Liberdade formalResumo
Em sua obra Cidades dos vivos (2002), Renato Cymbalista conclui que a arquitetura tumular paulista, até 1970, não foi elaborada de modo completamente desvinculado de representações da elite da época. Parcialmente livres para conceber a forma final dos túmulos, as “equipes” responsáveis pelos projetos ”“ a família do morto e o pedreiro do cemitério ”“ conformavam paisagens heterogêneas e fragmentadas: uma autêntica profusão de formas, materiais e cores, em que as classes sociais menos abastadas procuravam se espelhar na alta sociedade. Tendo a obra de Cymbalista como principal referência, o presente artigo se propõe perscrutar até que ponto a arquitetura tumular brasileira foi capaz de produzir um resultado formal livre de imposições externas, isto é, uma arquitetura tumular própria e “autenticamente” nacional.