A microtoponímia nas interações indivíduo-mundo e indivíduo-indivíduo
Résumé
Um dos principais objetivos deste artigo é discutir os nomes que os membros de uma pequena comunidade de fala do interior de Minas Gerais dão a aspectos de seu entorno tais como colinas, bosques, árvores, córregos, enfim, todo acidente geográfico que de alguma forma chame a atenção. Seguindo a teoria e a metodologia da Linguística Ecossistêmica, o ensaio mostra que os nomes nascem devido à necessidade que os locais têm de se comunicar sobre esses acidentes. Nesse processo, mostra-se a dupla face das interações ecológicas: interações organismo-mundo e interações organismo-organismo. Linguístico-ecossistemicamente, as primeiras são a referência; as segundas, a comunicação. As pessoas se referem a algo fora da linguagem se comunicando e se comunicam referindo-se a algo fora da linguagem. O artigo mostra adicionalmente o processo onomasiológico de surgimento das palavras e sua confirmação semasiológica, inclusive nos chamados “pronomes” que, na verdade, ontogenética e filogeneticamente são depois substituídos por “nomes”.
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