Mapa Mental

Autores

  • Hildo Honório do Couto Universidade de Brasília

Palavras-chave:

ecossistema mental; mapa mental; referência; comunicação.

Resumo

O objetivo principal deste artigo é mostrar que no interior do ecossistema mental da língua, e do nosso ecossistema cognitivo geral, existe uma parte que se pode chamar de mapa mental, intimamente associado ao mapa cognitivo. Após caracterizar o conceito de mapa mental e de associá-lo a conceitos assemelhados, comento o mapa mental que eu tinha de Brasília, por ter vivido lá por mais de 30 anos. Como me mudei para Goiânia, comecei a perder partes do mapa mental de Brasília. Por outro lado, estou formando um mapa mental de Goiânia, de modo inversamente proporcional à perda paulatina do mapa mental de Brasília. Mostro também que o mapa mental é dinâmico e precisa ser alimentado percorrendo o lugar que ele representa e/ou falando sobre ele com outras pessoas. Do contrário, o conhecimento que temos dele tende a ir para uma espécie de arquivo morto. Por outro lado, o mapa mental pode ser “desarquivado” e posto novamente em uso.

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Biografia do Autor

Hildo Honório do Couto, Universidade de Brasília

Graduado em Letras Vernáculas pela Universidade de São Paulo (1969), mestrado em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1973) e doutorado em Lingüística pela Universitaet zu Koeln (1978), Alemanha. Atualmente é Pesquisador Associado da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Fonologia, Contato de Línguas, Crioulística e Ecolingüística, atuando principalmente nos seguintes temas: contato de línguas, relações entre língua e meio ambiente (Ecollinguística). Atualmente, está desenvolvendo, juntamente com colaboradores, a versão da Ecolinguística chamada Linguística Ecossistêmica, no âmbito da Escola de Ecolinguística de Brasília. Para detalhes, ver o blog: www.meioambienteelinguagem.blogspot.com.

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Publicado

2017-02-10

Como Citar

Couto, H. H. do. (2017). Mapa Mental. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 3(1), 205–226. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/10482

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