Por uma análise do discurso ecológica

Autores

  • Hildo Honório do Couto Universidade de Brasília
  • Elza Kioko N. N. Couto Universidade Federal de Goiás

Palavras-chave:

Análise do discurso ecológica; ecoideologia; defesa da vida; luta contra sofrimento.

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar a extensão da linguística ecossistêmica chamada linguística ecossistêmica crítica ou análise do discurso ecológica (ADE), comparando-a com a ecolinguística tradicional, como a ecolinguística crítica, a análise do discurso francesa e a análise do discurso crítica inglesa, além de algumas menções à análise do discurso positiva. Todas essas vertentes da AD procuram nos discursos a ser analisados ideologia (marxista, feminista etc.) e relações de poder. A ADE se baseia em uma defesa da vida e numa luta contra tudo que possa trazer sofrimento aos seres vivos. Se é para falar em ideologia, que seja a ideologia da vida, ideologia ecológica (ecoideologia). Ela pode fazer uso de todas as categorias da ecologia, tais como interação, diversidade, adaptação, holismo, abertura/porosidade, relações harmônicas/desarmônicas etc. Ela é influenciada pela ecologia profunda, pelo taoísmo e pelas ideias de Gandhi. É prescritiva, no sentido de defender a vida e de lutar contra o antropocentrismo, o etnocentrismo, o androcentrismo etc. Por ser ecossistêmica, defende a integridade dos pequenos grupos étnicos, agindo a partir da visão ecológica de mundo (from an ecological point of view), não do ponto de vista lógico (from a logical point of view). Por isso, não se limita a analisar textos ambientais, antiambientais ou pseudoambientais. Ela pode analisar todo e qualquer tipo de texto. No final, é apresentada a análise de um texto científico.

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Biografia do Autor

Hildo Honório do Couto, Universidade de Brasília

Graduado em Letras Vernáculas pela Universidade de São Paulo (1969), mestrado em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1973) e doutorado em Lingüística pela Universitaet zu Koeln (1978), Alemanha. Atualmente é Pesquisador Associado da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Fonologia, Contato de Línguas, Crioulística e Ecolingüística, atuando principalmente nos seguintes temas: contato de línguas, relações entre língua e meio ambiente (Ecollinguística). Atualmente, está desenvolvendo, juntamente com colaboradores, a versão da Ecolinguística chamada Linguística Ecossistêmica, no âmbito da Escola de Ecolinguística de Brasília. Para detalhes, ver o blog: www.meioambienteelinguagem.blogspot.com.

Elza Kioko N. N. Couto, Universidade Federal de Goiás

Possui pós-doutorado em Linguística na UNB, mestrado e doutorado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Graduação em Letras pela Universidade de Mogi das Cruzes. Atualmente, é professora Adjunto III da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Semiótica Greimasiana, Análise do Discurso, Antropologia do Imaginário Durandiano e Ecolinguística, atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem e imaginário dos meninos de rua, linguagem, identidade e imaginário em textos escritos e orais, linguagem e meio ambiente (ecolinguística) e ciganologia. É coordenadora do Núcleo de Pesquisa NELIM ”“ Núcleo de Estudos de Ecolinguística e Imaginário.

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Publicado

2015-05-10

Como Citar

Couto, H. H. do, & Couto, E. K. N. N. (2015). Por uma análise do discurso ecológica. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 1(1), 82–104. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/9968

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